domingo, abril 21, 2013

PROSTITUIÇÃO I

Algumas insistem em utilizar 'tabelas de preços', de acordo com os serviços que serão prestados. Como estamos na era do 'vale tudo', isso está meio demodê. Nada é perfeito.
 
 
   PROSTITUIÇÃO – Parte I
 
   É fácil para uma mulher tomar a decisão de prostituir-se? Algumas vezes, sim. Mas a maioria parece ter tido dificuldade em assumir essa profissão. Ser prostituta é como estudar para passar num vestibular. É uma ‘carreira’ como qualquer outra, que se escolhe seguir na idade em que se decide seguir medicina, engenharia ou psicologia – prostitutas prostituem-se geralmente ainda na adolescência.
   No início do processo que leva a tomar a decisão de ‘ser ou não ser’, a mulher fica tomada por dúvidas, remorsos, medos e outras emoções. Cada uma, quando faz a opção, demora mais ou menos tempo para se aceitar. Algumas desistem logo no começo – exatamente como quem faz um semestre de qualquer curso e conclui que não era bem isso que queria. Eu sempre achei que os jovens se veem obrigados a fazer essa escolha numa idade em que não se sabe exatamente o que se quer.
 
   Muitas mulheres, mais ‘muitas’ do que você imagina, são potencialmente putas – sem o lado pejorativo da palavra. Isso é como a sensualidade, uma qualidade natural para algumas. Os dicionários ‘pegam pesado’ quanto ao significado da palavra, mas isso vai mudar com o tempo. Moral é um pouco como a moda: vai e volta. Faz parte da dificuldade que a humanidade tem de encontrar seu ‘ponto de equilíbrio’.
   Neste momento, estamos caminhando para a aceitação da prostituta como uma pessoa normal (que ela é), com direito de ser o que quer. Você duvida? Olhe em volta e tente lembrar quantas pessoas você conhece, pessoalmente ou não, cujo comportamento é ou foi ‘estranho’, talvez vulgar para os moralistas, mas que você recebe na sua casa com naturalidade. Não se engane: ser puta é a mais antiga profissão do mundo, que frequenta os lugares mais elegantes – se tiver traquejo social ou dinheiro – sem que sejam questionadas ou discriminadas.
 
   Não é simples como parece decidir que ‘fulana’ é puta e ‘sicrana’ não é. As aparências enganam, acredite. Cerca de uns quarenta anos atrás inventaram, por decreto não assinado, que as mulheres, por mais recatadas que fossem, deveriam comportar-se como putas quando numa cama dentro de quatro paredes. Desses quarenta anos até hoje, a moral mudou bastante. Ficou, digamos, bem mais ‘flexível’. As saias subiram, a virgindade foi definitivamente abolida, o número de mães solteiras cresceu, e entramos na era do ‘vale tudo’ em nome do prazer.  
   Em breve, pode acreditar, ‘hétero e homo’ deixarão de ser coisas distintas, serão uma coisa só. Se você duvida, é por que não está prestando atenção ao mundo à sua volta. Exatamente como na Grécia antiga, se você conhece um pouco de história.  
 
 


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