RIQUEZA SEM FIM
Alguém comentou, numa mesa de bar, que as
riquezas do Brasil são infinitas. Como não podia deixar de ser, a afirmação não
foi recebida com unanimidade. Um argumento apresentado foi que a verdadeira
classe média deixou de existir. Que isso indicava o princípio do fim.
Falaram até sobre o roubo de quase 48
milhões nos cinco hospitais federais no Rio de Janeiro. Que nada presta no
país, nem ruas e estradas, nem portos e aeroportos, a falência do SUS e a
esculhambação que é a nossa justiça e o sistema previdenciário – leia-se INSS,
etc.
Teve gente que garantiu que sendo Deus
brasileiro (piada besta da Dilma em Roma), Ele não permitiria que ficássemos na
miséria. Um sujeito, que devia ser petista infiltrado, ousou dizer que os roubos
e desfalques no Brasil são ‘pontuais’ – a palavra da moda, sempre usada para
minimizar as bandalheiras dos governos.
Foi nesse momento que o Pascácio, até então
calado e mudo, interveio dizendo, em voz alta, que “pontual é a puta que pariu”. Em seguida, desafiou todos a dizerem onde
se rouba mais, nas obras, na saúde, na educação, ou qualquer outro lugar que
estivesse sob o controle do governo. Como ninguém soube responder, a discussão
acabou e fomos todos para casa.
Ninguém ficou sabendo se nossas riquezas são
mesmo infinitas. Eu, particularmente, acho que são, pois estamos sendo
descaradamente roubados desde os tempos da colonização e do império. Pascácio,
que mora perto de mim e andava ao meu lado, comentou: “Pra você ver, nem nossos
colonizadores nem os imperadores conseguiram realizar a façanha dos petistas”.
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