sexta-feira, abril 12, 2013

NÃO CAIA NA REDE


Quem se expõe fica exposto e vai morrer de desgosto. As 'redes sociais' são uma armadilha que cria problemas. Cair nas redes é pior que em 'boca de Matilde'.
 

   REDES SOCIAIS
 
   Não sou um ‘expert’ no assunto, sobre o qual aprendi, mais pela observação, a evitar perigos que aparentemente não existem.
   Primeiramente cabe-me explicar o que considero ‘redes sociais’, pois há controvérsias sobre o tema. No meu entendimento, “rede social é toda forma de comunicação disponível a todos, e que permite uma resposta de quem quiser concordar ou discordar do que foi escrito”. Assim, um site (pessoal ou empresarial), um blog, o Orkut, o Facebook, o Twitter, e outros que não lembro ou não conheço, todos fazem parte do universo “rede social”.
 
   Alguns anos atrás fiz uma rápida incursão pelo Orkut e logo percebi que se prestava a espionar a vida alheia e fazer fofocas. Cancelei minha presença em dois ou três dias. Você não deveria participar de uma coisa que tira sua privacidade; ali, não dá para selecionar quem pode ou não participar. Quanto mais pessoas conhecerem particularidades suas, mais vulnerável você estará. Desse modo, resisto até hoje aos apelos para participar de várias redes.
 
   É sabido que através dessas redes, ditas sociais, muitos empregos foram perdidos, muitos relacionamentos foram desfeitos, brigamos com amigos, e, por não saber se expressar bem, não deu para esconder que você é uma anta. O homem se revela quando fala ou escreve. Isso sem considerarmos que temos uma tendência ao exibicionismo (Freud explica?), atitude natural não saudável.
   As redes são muito úteis quando bem usadas para informar sobre escândalos ignorados – ou mal contados – pela mídia, ou para organizar protestos contra absurdos – como os casos de deputados (são vários) que, investigados ou já condenados pela justiça que ocupam cargos em comissões parlamentares que cuidam – pasmem – da justiça.
   Outro fenômeno observado é que a comunicação virtual dá uma sensação de distância, e nos encoraja a dizer o que nos vem à cabeça – sempre ela, quando não é a de cima é a de baixo – e entramos numa fria.
   Esse resumo de motivos afastou-me das tais redes. Não me aproximo delas nem por curiosidade. Depois, elas viciam tanto quanto uma droga qualquer.
 
   Todavia, não consegui livrar-me totalmente dessa ‘coisa’ virtual. É que tenho este blog, onde exponho meu pensamento que por enquanto é livre. Ele (o blog) permite respostas de quem quiser opinar. Não é propriamente um blog de notícias, mas o que penso do que acontece à minha volta. Mas o que fazer se sou jornalista e gosto de escrever? Nenhum jornal ou revista me dará uma oportunidade – para isso eu teria que ser um bajulador puxa-saco, classe a que me nego a pertencer. Meu blog acaba de fazer seu primeiro aniversário. Nunca fiz propaganda dele, até por que não deve ser lido por idiotas e imbecis. Mas até mesmo esses serão tratados com o respeito que merecem.  

 

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