REDES SOCIAIS
Não sou um ‘expert’ no assunto, sobre o qual
aprendi, mais pela observação, a evitar perigos que aparentemente não existem.
Primeiramente cabe-me explicar o que
considero ‘redes sociais’, pois há controvérsias sobre o tema. No meu
entendimento, “rede social é toda forma de comunicação disponível a todos, e
que permite uma resposta de quem quiser concordar ou discordar do que foi
escrito”. Assim, um site (pessoal ou empresarial), um blog, o Orkut, o
Facebook, o Twitter, e outros que não lembro ou não conheço, todos fazem parte
do universo “rede social”.
Alguns anos atrás fiz uma rápida incursão
pelo Orkut e logo percebi que se prestava a espionar a vida alheia e fazer
fofocas. Cancelei minha presença em dois ou três dias. Você não deveria
participar de uma coisa que tira sua privacidade; ali, não dá para selecionar
quem pode ou não participar. Quanto mais pessoas conhecerem particularidades
suas, mais vulnerável você estará. Desse modo, resisto até hoje aos apelos para
participar de várias redes.
É sabido que através dessas redes, ditas
sociais, muitos empregos foram perdidos, muitos relacionamentos foram
desfeitos, brigamos com amigos, e, por não saber se expressar bem, não deu para
esconder que você é uma anta. O homem se revela quando fala ou escreve. Isso
sem considerarmos que temos uma tendência ao exibicionismo (Freud explica?),
atitude natural não saudável.
As redes são muito úteis quando bem usadas
para informar sobre escândalos ignorados – ou mal contados – pela mídia, ou
para organizar protestos contra absurdos – como os casos de deputados (são
vários) que, investigados ou já condenados pela justiça que ocupam cargos em
comissões parlamentares que cuidam – pasmem – da justiça.
Outro fenômeno observado é que a comunicação
virtual dá uma sensação de distância, e nos encoraja a dizer o que nos vem à
cabeça – sempre ela, quando não é a de cima é a de baixo – e entramos numa
fria.
Esse resumo de motivos afastou-me das tais
redes. Não me aproximo delas nem por curiosidade. Depois, elas viciam tanto
quanto uma droga qualquer.
Todavia, não consegui livrar-me totalmente
dessa ‘coisa’ virtual. É que tenho este blog, onde exponho meu pensamento que
por enquanto é livre. Ele (o blog) permite respostas de quem quiser opinar. Não
é propriamente um blog de notícias, mas o que penso do que acontece à minha
volta. Mas o que fazer se sou jornalista e gosto de escrever? Nenhum jornal ou
revista me dará uma oportunidade – para isso eu teria que ser um bajulador
puxa-saco, classe a que me nego a pertencer. Meu blog acaba de fazer seu
primeiro aniversário. Nunca fiz propaganda dele, até por que não deve ser lido
por idiotas e imbecis. Mas até mesmo esses serão tratados com o respeito que
merecem.
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