Copacabana nos anos 1950. O traje de banho era assim. Todo mundo gostava de apreciar as meninas desfilando na areia.
CASSANDRA RIOS E
EMANUELLE
Cassandra escrevia
livros que falavam sobre lesbianismo, mais ou menos na década de 1950. Fazia
sucesso e muita gente lia – ainda que escondido. Lembro de uns livrinhos de
bolso vendidos em bancas de revistas, sobre “Emanuelle, a espiã nua que abalou
Paris”. Cada página era uma masturbação. Tudo bem, eu sei que atualmente esses
livros seriam considerados ‘caretas’ por qualquer menino de dez anos. Entretanto,
quem tivesse acesso a essas leituras 50 ou 60 anos atrás, era uma espécie de
herói da turma.
Em 1960 ganhei um
calendário de uma indústria farmacêutica que fabricava o “Neuratol, que dá aos
velhos o sabor da juventude e aos moços a incomparável alegria de viver”. Era o
Viagra daquele tempo. As moças do calendário (fotos em preto e branco) estavam
completamente nuas, apenas uma névoa encobria o ‘secreto’ das meninas. Emagreci
muito nessa época. Também, pudera.
Nos anos 1970, a
virgindade ainda era coisa importante. Falo disso hoje por causa da novela
Gabriela, que dá uma ideia do que era esse tempo. Coitada da Lindinalva; a moça
perdeu seu ‘capital’ e acabou quenga. Nos anos 1960 e até o início dos anos
1970, muitos pais ainda expulsavam de casa as filhas que dessem um ‘mau passo’.
Só para dar uma
amostra de como eram as coisas, conto a história de um primo que queria
‘jantar’ uma afilhada de sua mãe, mas o problema é que ela era virgem. Se ele
causasse algum ‘dano’ à moça, seria obrigado, pela própria mãe, a casar. Assim,
coube a mim fazer o sacrifício de livrá-la do incômodo hímen, para que ele
pudesse desfrutar sem sentir culpa ou correr risco.
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