sexta-feira, julho 27, 2012

A SOCIÓLOGA QUE DESCOBRIU A PÓLVORA

Essa mulher, pintada por Fernando Botero, é parecidíssima com a professora de sexo do companheiro Clarindo Benevides, o Ébrio. Morreu pobre.



    A socióloga inglesa Catherine Hakim, pessoa importante na sua área, começou a perceber a ‘cilada’ que está vitimando as mulheres modernas. Após milênios de lutas, finalmente elas conseguiram (?) alcançar a ilusão da independência moral e financeira. A moral eu tenho minhas dúvidas, visto que continuam a ser classificadas conforme a interpretação masculina; são putas, galinhas, moças pra casar, sérias ou não sérias, periguetes, etc. Elas agora têm mais liberdade para “ser”, sem, contudo, possuir a mesma liberdade para “se mostrar como são”, sob o risco de severos julgamentos sociais – coisa, aliás, que conta com a cumplicidade delas próprias.

    Catherine é uma mulher comum, se avaliada pelo quesito beleza. Mas tem uma vantagem: é velha. Uma das vantagens da velhice é podermos dizer o que pensamos, sem receio dos prejuízos decorrentes. Os velhos estão se ‘lixando’ para julgamentos e condenações. Essa independência é a conquista suprema da idade avançada. Vem daí a coragem dela para dizer verdades que considera como tal, sem o menor receio de agradar ou não.

    “A maioria das mulheres não almeja a independência financeira. A utopia feminina moderna é ser uma dona de casa à toa”. Isso significa, na prática, que ela descobriu que é melhor ficar em casa, de preferência à custa de um marido rico. Para conseguir isso, nos dias atuais, a mulher precisa ser bonita, sensual, etc., etc. Ocorre que as bonitas são minoria nesse mundo injusto; assim, vale recorrer a academias, salões de estética, cirurgias plásticas e, até apreciar o antes repulsivo futebol. O importante é agradar. Tem que ser uma mulher simpática, que saiba sorrir de tudo que o homem diz – mesmo que esse homem seja fisicamente igual ao Charles Aznavour.  

    Nossa socióloga repudia a igualdade entre os sexos. É verdade, essa igualdade não existe nem nunca vai existir. Ao afirmar essa teoria de que somos iguais, elas apenas jogam contra si mesmas. O que faltou Catherine dizer – acho que lhe faltou coragem -, é que os homens precisam de outras fêmeas, independentemente de amarem apenas uma. Quando assimilarem essa verdade, todos os relacionamentos funcionarão melhor. Fidelidade é uma coisa, sexo é outra – pelo menos é o que os homens sentem. Mas ela ainda não é velha o suficiente para admitir.  

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