quarta-feira, julho 11, 2012

DEPUTADO JUSTO VERÍSSIMO

O POBRE
É QUEM SE FERRA.

SEMPRE!


   QUEM DECIDE O QUE EU POSSO?

   Já ouviu falar em ‘taxas educativas’? São aquelas que o governo cobra para evitar o consumo de produtos e serviços considerados do tipo ‘prejudiciais’. No entanto, quem decide o que o cidadão deve ou não consumir? Quem decide quem deve consumir? Quais são esses produtos e quem sabe o que é essencial para alguém? Não são decisões fáceis. Se não forem debatidas com a sociedade, essas escolhas serão feitas por meia dúzia de tecnocratas, que se basearão em seus próprios hábitos e costumes.
  
   Não deve ser esquecido o lado social. Em alguns casos, rico pode e pobre não pode. Há uma grande diferença entre só um rico poder comprar um carrão de luxo, e só um rico poder comer manteiga ou filé. No primeiro caso, não existe necessidade de alguém ter um Rolls Royce ou um iate. No segundo, trata-se de alimentos. Seria mais justo, então, ‘proibir’ definitivamente produtos que emitem mais poluentes? Ser um pouquinho bem informado é o bastante para saber que aviões, carros e cocô de vaca (não estou brincando) produzem gases que os ecologistas tanto combatem. Então vamos matar todas as vacas, fechar as fábricas de automóveis e proibir que se fabriquem aviões? Ou só os milionários teriam esses privilégios? Se você considera esses argumentos e dúvidas como bobagens, leia os debates da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre o caso dos planos de saúde.

   Todo o planeta sabe que a Coca-Cola faz muito mal e vicia. Por que não proíbem a venda da Coca-Cola? Porque não é justo que apenas alguns cidadãos bafejados pela sorte tenham o direito de escolher. Os governos estimularam a venda de cigarros por muito tempo; para ser ‘adulto’ era preciso fumar – existe apelo maior para um adolescente? E quem fuma há 50 anos, como faz para ‘desviciar’? As estatísticas hospitalares demonstram que acidentes de motos custam ao governo mais do que qualquer outro tipo de internação; a solução será parar de fabricar e vender motos? Não seria melhor uma legislação que acabasse com motos de duas rodas e só produzissem de três?

   O que não está certo é que um Guido Mantega da vida possa decidir, sozinho, o que podemos e devemos consumir, de acordo com as conveniências de uma economia cambaleante – por causa dos roubos praticados pelos governantes.     

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