É QUEM SE FERRA.
SEMPRE!
QUEM DECIDE O QUE
EU POSSO?
Já ouviu falar em
‘taxas educativas’? São aquelas que o governo cobra para evitar o consumo de
produtos e serviços considerados do tipo ‘prejudiciais’. No entanto, quem
decide o que o cidadão deve ou não consumir? Quem decide quem deve consumir?
Quais são esses produtos e quem sabe o que é essencial para alguém? Não são
decisões fáceis. Se não forem debatidas com a sociedade, essas escolhas serão
feitas por meia dúzia de tecnocratas, que se basearão em seus próprios hábitos
e costumes.
Não deve ser
esquecido o lado social. Em alguns casos, rico pode e pobre não pode. Há uma
grande diferença entre só um rico poder comprar um carrão de luxo, e só um rico
poder comer manteiga ou filé. No primeiro caso, não existe necessidade de alguém
ter um Rolls Royce ou um iate. No segundo, trata-se de alimentos. Seria mais
justo, então, ‘proibir’ definitivamente produtos que emitem mais poluentes? Ser
um pouquinho bem informado é o bastante para saber que aviões, carros e cocô de
vaca (não estou brincando) produzem gases que os ecologistas tanto combatem.
Então vamos matar todas as vacas, fechar as fábricas de automóveis e proibir
que se fabriquem aviões? Ou só os milionários teriam esses privilégios? Se você
considera esses argumentos e dúvidas como bobagens, leia os debates da Suprema
Corte dos Estados Unidos sobre o caso dos planos de saúde.
Todo o planeta sabe
que a Coca-Cola faz muito mal e vicia. Por que não proíbem a venda da
Coca-Cola? Porque não é justo que apenas alguns cidadãos bafejados pela sorte
tenham o direito de escolher. Os governos estimularam a venda de cigarros por
muito tempo; para ser ‘adulto’ era preciso fumar – existe apelo maior para um
adolescente? E quem fuma há 50 anos, como faz para ‘desviciar’? As estatísticas
hospitalares demonstram que acidentes de motos custam ao governo mais do que
qualquer outro tipo de internação; a solução será parar de fabricar e vender
motos? Não seria melhor uma legislação que acabasse com motos de duas rodas e
só produzissem de três?
O que não está certo
é que um Guido Mantega da vida possa decidir, sozinho, o que podemos e devemos
consumir, de acordo com as conveniências de uma economia cambaleante – por
causa dos roubos praticados pelos governantes.
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