Ele emagreceria, se os médicos retirassem o excesso de vaidade, a inveja, o pedantismo disfarçado, a insasiável vontade de sobressair e ser melhor que os outros. Não acredito que esse gordo seja o que aparenta ser.
SALA DE ESPERA
O acesso às
oportunidades em editoras e jornais exige, pelo menos aqui no Brasil, que você
faça parte da ‘confraria dos puxa-sacos’ de padrinhos já conhecidos e famosos,
que apenas lhes dá algum valor quando bajulados, exaustivamente bajulados, como
se temessem que algum novato lhes pudesse fazer sombra. Trata-se de um
comportamento semelhante ao de cantores e artistas de modo geral. Muito
raramente alguém consegue sair da “sala de espera” – e, assim mesmo, a maioria,
só depois de prestar alguns favores de valor moral duvidoso. Uma ocasião, um
dos colaboradores deste blog tentou um texto através de um conhecido, e ele topou
ajudar... Caso topasse ser seu amante. O canalha foi diretor de algumas
revistas da Bloch. Não digo o nome porque o indivíduo já faleceu – acredito que
levado pela AIDS.
PROGRAMA DO JÔ
SOARES
Sinto nojo quando
alguns antigos talentos (imagine os novos) dizem coisas para o Jô Soares (esse
adora puxa-sacos), tipo “A maior emoção da minha vida foi vir ao seu programa”,
ou “Estou nervoso por estar aqui no seu programa, que era o meu sonho”. O
gordão adora essas coisas. Ele pode tentar, mas nunca chegará aos pés do Chico
Anysio – nem falo como comediante, mas como caráter, como dignidade. Sinto pena
do Jô. Ter que fingir que é feliz sendo gordo deve ser dureza. Ele não cruza as
pernas, transar deve ser muito difícil, e usar papel-higiênico é impossível – a
mão não alcança o alvo. Tenho muita pena dos seus entrevistados, em especial
quando ele faz o programa de “rabo sujo” e lida com os humildes, que aceitam
todo tipo de deboche.
BRUNO MAZZEO
Esse tem luz
própria, mas ela veio no seu DNA. Como o Chico, Bruno me passa ser uma ‘usina
de ideias’, que se desespera por não ser dois. Ele não copia o pai, mas se o
fizesse, precisaria de muito talento para isso. Tenha calma, Bruno. Você vai
chegar ao topo da pirâmide – por mérito próprio. Li a sua entrevista e já
passei pela mesma decepção que você, quando ligou para a menina no dia
seguinte; só não foi na Bahia, pois não gosto de gente lerda. Sou preguiçoso,
mas não sou devagar quase parando, como os baianos. Um aviso: o Gordo morria de inveja do seu pai.
Tenha cuidado com ele.
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