O PAPO DO PAPA
Francisco, o pontífice, que começou seu
“reinado absolutista” sinalizando ser um modernizador, encheu de expectativas
positivas os católicos do mundo inteiro. Bem, há católicos e católicos, sendo estes últimos a imensa
maioria.
Estou dizendo que os seguidores de Jesus não
levam sua religião muito a sério, ou, pelo menos, gostam de experimentar outros
deuses. É bom lembrar que são comuns os casos em que acendem uma vela para
outras crenças, geralmente mais liberais. Por qual motivo isso ocorre com
frequência? Eles não estão muito convictos de que sua religião é a ‘certa’, e
querem se garantir através de outras crenças.
Outro problema é que as pessoas são viciadas
em religião. É importante ostentar o título de qualquer uma, só para se situar
dentro de um grupo e fazer discursos.
Voltando ao Francisco, apesar de muito
simpático, ele jamais dirá a verdade sobre o que pensa e sente. Por ser um
homem extremamente culto e experiente, sabe perfeitamente que não pode falar
tudo. Apesar de muito poderoso, ele corre o risco ser ‘suicidado’, ou
assassinado.
Não se chega onde ele chegou sem fazer
política. O cargo de Papa é concedido àqueles que podem preencher uma lacuna
dentro da igreja, e suas qualidades devem ser úteis naquele momento histórico.
Na verdade, o Papa possui um ‘campo de
manobra’, onde atua em nome dos que o elegeram. Há, portanto, uma fronteira que
ele não pode ultrapassar. Prova disso é que esse simpático e compreensivo
senhor se esquivou de responder perguntas sobre abusos sexuais cometidos dentro
da igreja. Deu a entender que seu poder está circunscrito ao minúsculo
território do Vaticano. Não é verdade.
Resumindo: As
pessoas ‘pensam’ que sabem o que ocorre dentro desse reino. Ninguém sabe de
quase nada. Trata-se de um regime tão fechado quanto o de Kim Jon-UN,
governante da Coréia do Norte.
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