ACREDITE SE PUDER
E ainda há quem fale em “civilização
europeia”. A Europa não pode servir de exemplo para nada, no que se refere a
barbaridades recentes e atuais. Oscar Wilde, um dos grandes escritores e
pensadores da língua inglesa, no século 19 foi perseguido e preso por ser
homossexual. Mais recente é o caso do britânico Alan Turing – para nós,
desconhecido -, que foi um dos maiores heróis da 2ª guerra. Enquanto viveu, ele
viveu no inferno. Inteligentíssimo, sofreu tudo que se pode imaginar, inclusive
‘castração química’, punição digna de Hitler.
Seu crime? Ser homossexual. Mas isso é crime?
Até pouquíssimo tempo, na Inglaterra era.
Numa altura dessas, depois que o rapaz já
morreu, a Rainha da sua pátria assinou, acredite, o seu perdão. Mas que perdão?
Ele não fez nada para ser perdoado. Se eu fosse da família do Alan, recusaria
esse perdão imoral. Sua condenação foi estúpida, e deveria, isto sim, ter sido
anulada – nunca perdoada.
E a rainha inglesa, como pôde se prestar a
esse papel? Será que na família real todos se comportam como recomendam as boas
maneiras? Quanta ‘pouca vergonha’ foi e é praticada por seus membros
atualmente? Alguma coisa foi mais imoral do que o casamento do príncipe Charles
com a princesa Diana, quando um corneava o outro sem a menor cerimônia? E as
surubas do príncipe Harry, que foi fotografado nu num bacanal?
Não me entendam mal. Não tenho a pretensão de
falar mal da realeza britânica. Eles são gente como nós, comuns mortais – só
que são mais hipócritas. O dicionário aponta hipocrisia como sendo querer
aparentar uma qualidade que não se tem.
Mas isso não é tudo. Quem conhece um pouco de
história sabe das coisas horríveis que os ingleses fizeram nos tempos da
colonização dos árabes. Eles foram e continuam sendo politicamente sujos,
desleais e carniceiros.
Vou repetir: se Alan Turing fosse meu
parente, eu recusaria esse perdão 'fajuto'.
Nenhum comentário:
Postar um comentário