HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
Segundo consta, Albert Camus, escritor e
prêmio Nobel de Literatura, considerava a vida ‘sem sentido’. Sem tanta bagagem
intelectual, o Capeta tem sua própria opinião. O Albert (perdoem a intimidade)
tem razão, mas só em parte. Depende do que VOCÊ entende por ‘sentido da vida’.
Para mim, o sentido da vida é viver. Ponto.
Eu disse viver, não disse vegetar – muito menos trabalhar. Sou, como todos
sabem, contra o trabalho. Trabalhar demais mata. Caminhar na direção de
realizar um ‘sonho’, pelo contrário, fortalece. Não creio nessa gente que diz
que o trabalho enobrece. Penso como os senhores feudais da idade média: quem
tem que trabalhar é o povo. Eu tenho apenas que me divertir.
Dedico em torno de 10 horas por dia a
escrever. Isso por acaso me cansa? Não! É algum sacrifício que faço? Não. Minha
atividade é criar. Atividade não significa trabalho – odeio essa palavra.
Mas, vendo as coisas de outra maneira, com os
olhos dos infelizes, imagino que eles sofrem muito – por qualquer coisa. Sei do
que estou falando, porque já fui como eles. Os infelizes não conseguem caminhar
com as próprias pernas; necessitam de muletas. Os menos perspicazes devem
perceber que estou falando por metáforas; por favor, não levem tudo ao pé da
letra.
Então, já que o homem é muito vaidoso, ele
não se conforma de ter uma única oportunidade de viver bem. Todo mundo acha que
merece mais. Mais o quê, posso perguntar? Mais dinheiro, mais bens, e, pior,
mais tempo de vida. Como a vida na natureza sempre tem um fim, alguns sabichões
inventaram Deus. ELE trouxe na mochila uma outra vida, para nos oferecer. Uma
vida eterna, que ninguém pode confirmar.
Daí surgiram as religiões. Quase todos os
humanos têm pelo menos uma. E religião, a história comprova, só serviu para
enriquecer e dar poder para poucos – esperança para muitos. Em Seu nome (falo
de Deus), fazemos as guerras, praticamos a discriminação, tentamos pôr viseiras
nas pessoas, como se fossem cavalos ou jumentos.
Para ser bom e viver bem, não precisamos de
religião. Aliás, todas as religiões praticam (sempre praticaram) crimes
hediondos. Nenhuma escapa dessa incoerência absurda.
É mais fácil acreditar do que refletir,
pensar. Dá menos trabalho. Por isso permitimos que nos ponham viseiras. Com
elas, temos que seguir o caminho que o ‘condutor’ escolhe. Perdemos o tal livre
arbítrio.
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