sábado, dezembro 28, 2013

NÓS GOSTAMOS É DOS BANDIDOS

Taí um caso em que sou obrigado a concordar com o goleiro Bruno. A culpa é do "macarrão".


 A CULPA É SEMPRE DO OUTRO
 
  Se você não percebeu, é por que não está atento. Responda se puder: qual o motivo ou razão para que nós – ao lermos um romance ou assistirmos um filme, muitas vezes torcemos pelo vilão, até mesmo com um certo fervor? Eu explico: é que todos somos, em certa medida, vilões. Uns mais, outros menos.
  Ao querer que o bandido vença, estamos apenas torcendo por nós mesmos, pelo menos quando acreditamos estar no lugar dos personagens. É que nós temos o nosso senso de justiça particular, que nem passa perto de regras estabelecidas pela sociedade.
 
  Ao “viajar” com o autor, somos livres para pensar – afinal, quem lê pensamentos? Uma pessoa pode ser proibida de agir como um nazista, ou mesmo como um racista que odeia negros e judeus. Mas não é por causa dos impedimentos legais que iremos pensar e sentir diferente.
 
  Nossas emoções estão sempre, pelo menos em parte, alicerçadas em experiências vividas ou assistidas. Nossos julgamentos têm como base o puro instinto que essas emoções provocam. Quase sempre julgamos por uma primeira impressão, e dificilmente nossos pensamentos ouvem opiniões contrárias.
  Uma ex-namorada tinha o costume de condenar à morte cada pessoa que cometesse um ato falho. Ela ficava possuída por um desejo de fazer justiça – a justiça dela. É claro que a relação só poderia acabar.
 
  E o que dizer dos que pregam uma regra moral que absolutamente cumprem? Isso é muito comum. Nunca é demais citar, pela centésima vez, a frase do filósofo francês Jean Paul Sartre: “O inferno são os outros”. Os culpados também. 
 
 
 
 
 

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