PESQUISA OU ‘FEELING’?
Confio mais no meu ‘feeling’ do que em
pesquisas feitas por institutos especializados, que nunca dão uma explicação
completa sobre os critérios utilizados. O meu ‘feeling’ se baseia numa
percepção pessoal, dirigida exclusivamente para o tema de meu interesse. Também
converso com pessoas, mas elas nunca sabem que as estou usando – no bom sentido,
para obter informações.
A Confederação Nacional da Indústria fez um
levantamento que aponta a melhora na educação como fator importante para a
melhora dos salários. Até minha avó sabe disso, sem precisar fazer pesquisa.
Mas é bom que se esclareça que o que melhorou
na educação foi um ‘tiquinho’ à toa, assim mesmo na educação básica formal: a
turma aprendeu a assinar o próprio nome. Mas a situação da verdadeira educação
só piora, em todos os sentidos.
Basta sair às ruas para constatar que o
brasileiro não sabe se comportar, é mal-educado nos mínimos detalhes. Até mesmo
os ricos – hoje em dia qualquer um pode ficar rico, comportam-se como cafajestes.
Ter um curso superior não representa muito;
não existem, no Brasil, universidades excelentes; entram amebas e saem antas.
No meu tempo de juventude, pouca gente
possuía automóvel; talvez porque a escala de fabricação fosse pequena e não
havia crediário em 60 meses. Os preços caíram e as prestações ficaram menores.
Para mim, isso não quer dizer que houve uma melhora na distribuição de renda. A
escala social ficou mais acessível por que invertermos nossos valores.
Os escândalos financeiros apontam a classe de
funcionários públicos como a que mais prosperou. Roubando, fica fácil. Não
posso dizer que a nossa presidente rouba, mas posso afirmar que ela gasta mal
os recursos que não lhe pertencem.
Portanto, meu ‘feeling’ diz que não estamos
nada bem. Nosso futuro a médio prazo está pesando negativamente nas minhas
previsões. As fábricas estão com muitas vagas que não conseguem preencher; não
há gente capacitada disponível.
Com esses poucos dados, somente um idiota
pode sentir otimismo.
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