VALE TUDO PARA CHAMAR ATENÇÃO?
Meu trabalho (não gosto de usar essa palavra)
é observar pessoas. Não funciono como jornalista, e raramente dou um furo.
Creio que minha vocação é ser cronista, talvez escrevendo um conto de vez em
quando. Escrevo sobre o que as pessoas já sabem, mas com uma visão sobre o
assunto diferente da matéria jornalística. Ser jornalista é muito chato. Pendo
mais para o lado do comentarista crítico.
Sabe aquele movimento que alguns chamam de
‘ola’ nos estádios de futebol? Falo de quando a torcida levanta como se fosse
uma onda do mar; pois é, noto que as pessoas do mundo inteiro agem assim, fora
dos estádios.
Os modismos vêm e vão, como ondas. De
repente, temos a impressão que todas as pessoas começam a agir de um jeito igual.
Vou dar um exemplo.
Esses movimentos de protesto em que as
pessoas ficam nuas ou seminuas, que, se não me engano, tiveram início na Europa
Oriental. Andam de bicicleta desse jeito, e acabam tirando a roupa para
qualquer um ver, em qualquer lugar.
O que
eu acho? Que são todos idiotas, que querem se exibir e fazer ‘selfie’ para
mostrar que são militantes de alguma causa. Um problema: quem assiste, fica
observando apenas os seios das meninas e até esquecem o motivo do protesto. No
Brasil, isso não deu certo. Sabe por quê? É que as mulheres aqui já andam quase
nuas nas praias. E sem protestar contra nada. Outra coisa: qualquer mulher tira
a roupa com a maior facilidade, não existem barreiras estéticas ou morais.
Virou moda.
Pior, com a ajuda de um jornalismo imbecil,
elas se tornam ‘celebridades’ da noite para o dia. Por pouco tempo. O que elas
ganham com isso? Dinheiro, como qualquer ‘piranha’.
Mas
não são apenas as mocinhas que ganham dinheiro com essa mania de se desnudar;
um grande negócio é fabricar biquínis; eles custam cada vez mais caro, e são
cada vez menores. Dá para entender a razão para o aumento dos preços? Em breve,
você verá que um tapa-sexo e duas estrelinhas nos seios vão custar mais que um
vestido longo. É a festa dos fabricantes, às custas das otárias.
Então, vamos combinar que é melhor refletir
quando um modismo aparecer na sua cidade ou país. Não seja um macaco que apenas
imita. Ou um papagaio, que repete sem pensar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário