SÓ VOTO NELE : JUSTO VERÍSSIMO
Digam e pensem o que quiserem, mas o deputado Justo Veríssimo - criação do genial Chico Anysio, tinha uma certa razão quando falava do povo. Pelo menos aqui no Brasil, pobre gosta mesmo é de esmola. Coisas tipo 'bolsa família', ou até bolsas de mulheres distraídas que estão sem fazer nada dentro dos seus automóveis. Aqui podemos dizer orgulhosos que temos bolsa para todos os gostos. Até presidiário ganha bolsa conforme o número de filhos.
Sou contra dar esmola, para quem quer que seja. Pareço desumano? Nem tanto. A esmola é uma recompensa que o pobre recebe por ter feito absolutamente nada. Esmola, se você não sabe, vicia. Mas podemos, com boa vontade, entender: há algo melhor do que não trabalhar?
Quando Deus expulsou Adão e Eva do paraíso, dizem que Ele falou mais ou menos assim: "Como castigo, vocês dois vão ter que trabalhar para conseguir alimentos". E quem conhece um castigo que seja bom?
Só para ilustrar este texto, contarei o que me aconteceu um dias desses, quando cometi o erro de dar uma esmola, coisa que é contra meus princípios. Dei dois reais para um sujeitinho que me parecia doente; poucos passos dados e o infeliz deu uma corrida até minha 'generosa' pessoa, para pedir que eu desse dinheiro para ele poder almoçar. Abusado, não acha!?
Mas nesse mesmo dia eu estava generoso, e fui até o posto de gasolina para trocar o óleo e os filtros do carro; percebi que o frentista que me atendeu teve muita boa vontade, e caprichou nos serviços prestados, inclusive lavando o meu 'bólido' e calibrando os pneus, sem que eu pedisse. Então, encantado pela gentileza do cara, dei-lhe 5 reais. Os olhos do sujeito me enxergaram como se eu fosse um otário, e ele começou a desfiar desgraças da sua vida pessoal, inclusive que estava com dor de dente e não podia pagar um dentista.
Antes que ele tentasse me dar uma "facada" (ele ia dar), tirei o time de campo mais que depressa. Virei de costas e saí, rápido como quem rouba.
Pobre não sabe cultivar uma camaradagem, e muito menos jamais tomou 'semancol' - produto vendido em todas as farmácias, que faz com quem quer que o tome 'simanque'.
Moral da história: todos devemos fugir de pobres, como o deputado Justo Veríssimo nos ensinou. Eu tenho até alergia, e nunca mais voltarei a dar um mau passo. Se pobre chegar muito perto, chamo a polícia.
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