Há muitas maneiras de tentar sair da depressão. Mudar a postura é uma delas, como nos ensina Charlie, na figura ao lado. É difícil, mas vale à pena tentar - não vai custar nada.
SAINDO DA DEPRESSÃO
Luiz XV, rei da França, tinha muita sabedoria. Atribui-se a ele a seguinte frase: "A constância não consiste em fazer sempre as mesmas coisas, mas em fazer sempre coisas que tendem para o mesmo fim".
Apesar de até hoje não se saber exatamente de onde vem a depressão, posso afirmar que quem sofre dessa doença tende a piorar ante cada fracasso - ou o que julgamos fracasso. Assim, quando não alcançar algum objetivo que não seja impossível, tente mudar a maneira de tentar. Há quem afirme que pessoas que viveram intensamente (esta palavra pode significar muitas coisas), podem ser vítimas de um excesso de passado em suas mentes. O medo do futuro gera a ansiedade, que, sendo muita, também nos remete a um estado depressivo.
Mas se todo mundo têm um passado, e vai ter um futuro, em que momento a depressão se instala em nós? Eu diria que é quando esquecemos que temos o momento presente. Entregar-se ao que foi bom, ou ao que poderá ou não sê-lo, cria uma incerteza que causa a tal ansiedade.
Além do que, você nunca vai poder repetir algo que aconteceu, seja lá o que for. Voltar a beber a água do mesmo rio não quer dizer que será a mesma água bebida anos antes - ou mesmo minutos antes.
Bem, vamos à minha teoria, que não é só minha: pessoas carregam uma tendência de que sem o que viveram de bom ou gostariam de viver, são infelizes. Mas felicidade não é isso. Melhor dizendo, não existe, como eu já disse em textos anteriores; o que existe é um bem estar frequente, que só pode ser alcançado com sabedoria.
O que vem a ser essa sabedoria? É procurar interesses entre as opções de que dispomos. Percebeu? Aceitar o que está ao nosso alcance. Conheço um sujeito que está geralmente alegre - ninguém está alegre o tempo todo. Ele quase não sai de casa durante dias. Melhor dizendo, do seu quarto. Nele, estão as coisas que ele aprendeu a amar, como seu computador, seus livros, e sua tevê - onde não perde tempo vendo porcarias.
Mas agir assim deve ser muito chato, você pode achar. Pois não ache! Conheci um advogado que recusou o convite para ser ministro do supremo. Ele queria ter tempo para ler seus livros. Aprendeu a língua grega para ler as tragédias no original. Não era vaidoso nem soberbo, mas era feliz de verdade.
Você pode encontrar outras coisas que estão à sua volta. Fazer exercícios, cozinhar, estudar alguma coisa sem compromisso - só para entender melhor a vida (essa atividade, para mim, é a mais prazerosa), engajar-se em alguma atividade de ajuda ao próximo, ou até mesmo planejar o crime perfeito. Bom, planejar não é o mesmo que cometer (risos). Mesmo isso, cometer um crime perfeito, vai levar muito tempo e exigir muita reflexão para que possa dar certo. Durante esse tempo, você pode encontrar alguma coisa interessante e se dedicar a ela.
Entretanto, se optar pelo crime perfeito, isso lhe trará muita satisfação - acredite. Só por ser uma atividade do presente, e que está ao seu alcance. Estar ao seu alcance é a chave de tudo.
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