segunda-feira, novembro 25, 2013

NÃO LI E NÃO GOSTEI

Esses dois aí na foto são até parecidos, mas um é um e outro é outro. Ronaldo Nazário confundiu e - aparentemente - se deu mal. Livros de autoajuda são 'gatos'. Pra quem gosta... 
 

  NÃO COMPRE GATO POR LEBRE
 
  Muitos autores de livros são riquíssimos, alguns deles são brasileiros e especialistas em vender soluções para sua vida. Eles estão nas listas de best selers – e provavelmente você nunca ouviu falar deles.
  Esse tipo de literatura pode, muitas vezes, ser agradável de ler. Vende muito, mas não possuem eficácia. Ninguém ‘aprende’ a ser esperto. As pessoas ‘ficam’ mais espertas quando aperfeiçoam o dom que lhes é inato.
 
  Não li e não gostei, do livro “Maestria”, do escritor Robert Greene – ele foi também o autor de “As 48 leis do poder”: esse eu também não li, não gostei, e não pretendo ler. Responda rápido: qual a ciência que afirma que são 48, as leis que tornam uma pessoa poderosa?
 
  A publicidade paga pela editora Sextante apresenta uma crítica que mostra, por si própria, a vigarice. Diz assim: “Os pontos fortes de Greene são sua pesquisa e seu dom para contar histórias”. A Sextante não mentiu; o cara deve ter pesquisado muito, e, provavelmente, é um grande contador de histórias. Fala também que qualquer um de nós pode percorrer o caminho para a maestria. Pode ser, mas não é bem assim.
 
  O autor dessas bobagens pretende derrubar o que ele próprio chama de ‘mitos da sorte e da genialidade inata’. Aí a coisa pega! Não se pode negar fenômenos como sorte, azar, nem o imprevisível, que sempre nos surpreende. Quanto à ‘genialidade inata’, por mais inexplicável que seja, existe e está aí, repleta de exemplos.
 
  Entretanto, é preciso que se diga que nem toda genialidade leva ao sucesso. Seria Van Gogh um exemplo disso que acabo de falar? Douglas Engelbart, morto em 2013, inventou o ‘mouse’ – que todos, até agora, usamos para navegar em nossos computadores. Ele era inteligente? Era. Era instruído? Era. Ganhou dinheiro com seu invento? Não. Patenteou e vendeu o ratinho mais barato que um automóvel popular. Quem comprou, ficou bilionário. Sabe-se lá o motivo de tanta babaquice. Com certeza que um ou uma combinação dos fatores mencionados no parágrafo acima contribuíram para que a besteira fosse praticada.
 
  Em verdade, em verdade eu vos digo: Todos os homens podem ser favorecidos, ou vítimas do acaso, do imprevisível; da sorte ou do azar. Quem duvida disso é melhor tentar nascer de novo.
  Por favor, pense um pouco e não enriqueça espertos como Lair Ribeiro, padre Lauro Trevisan, e muitos outros que vendem gato como se fosse lebre.
 

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