Esse ingênuo senhor na foto ao lado foi condenado por assinar sem ler. Vai ser imbecil assim na PQP. Ele será um dos beneficiados pela nossa bondosa justiça, e ainda receberá a recompensa de uma aposentadoria de 26 mil.
RÉUS DO MENSALÃO
Esse julgamento ridículo já ultrapassou os
limites do bom senso. Nem vou comentá-lo, para não me aborrecer. Porém, tendo
percebido que a ‘cana’ só recairá sobre os menos culpados e não para quem os
chefiou, cooptou e organizou, pensei numa outra punição para os biltres – que
já estão com garfos e facas nas mãos para saborear as pizzas. Acompanhem meu
raciocínio abaixo.
Eu sempre falei, meses atrás, que enquanto
não houver uma reforma racional no sistema carcerário, a impunidade
prevalecerá. Há que se ter presídios com pelo menos quatro tipos de
periculosidade de crimes, que possam abrigar todos os condenados em condições
humanas e com chance de recuperação.
Exatamente por isso já se fala em que os que
teriam que apenas dormir na cadeia e durante o dia dariam expediente (seja no
congresso nacional ou qualquer outro lugar), e dormiriam em casa, já que não há
acomodações suficientes ou dignas do pior picareta. Isso é punição para quem
enganou o povo a quem deveria servir?
Se realmente houvesse disposição real para
punir os ‘mensaleiros’, além do sequestro de bens e multas – visto que todos
são ricos ou milionários, deveriam esses seres abjetos ser banidos para sempre
da vida pública do país. Mas eles são espertos, e alguns cuidados teriam que
ser tomados.
Devido à íntima relação que muitos têm com o
poder, para que a punição fosse cumprida em sua plenitude eles não poderiam
exercer as “profissões” de consultores ou assessores – o que lhes garante, com
sua influência, continuar roubando através de negociatas. Também não poderiam
ser filiados a nenhum partido político – você sabe porque.
Finalmente, para assegurar o cumprimento das
condenações, usariam a famosa ‘tornozeleira’, o que evitaria que dessem suas
escapadas.
Infelizmente, como disse o rei no livro “O
Pequeno Príncipe”, “temos que esperar de cada um o que cada um pode dar”. Pelo
que observou-se até o momento, o judiciário não tem muito a nos oferecer.
Nestas horas, sinto-me prejudicado por ser
Ateu: não tenho a quem rezar.
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