sexta-feira, novembro 15, 2013

CRIME E CASTIGO

Esse ingênuo senhor na foto ao lado foi condenado por assinar sem ler. Vai ser imbecil assim na PQP. Ele será um dos beneficiados pela nossa bondosa justiça, e ainda receberá a recompensa de uma aposentadoria de 26 mil.
 
 
  RÉUS DO MENSALÃO
 
  Esse julgamento ridículo já ultrapassou os limites do bom senso. Nem vou comentá-lo, para não me aborrecer. Porém, tendo percebido que a ‘cana’ só recairá sobre os menos culpados e não para quem os chefiou, cooptou e organizou, pensei numa outra punição para os biltres – que já estão com garfos e facas nas mãos para saborear as pizzas. Acompanhem meu raciocínio abaixo.
 
  Eu sempre falei, meses atrás, que enquanto não houver uma reforma racional no sistema carcerário, a impunidade prevalecerá. Há que se ter presídios com pelo menos quatro tipos de periculosidade de crimes, que possam abrigar todos os condenados em condições humanas e com chance de recuperação.
  Exatamente por isso já se fala em que os que teriam que apenas dormir na cadeia e durante o dia dariam expediente (seja no congresso nacional ou qualquer outro lugar), e dormiriam em casa, já que não há acomodações suficientes ou dignas do pior picareta. Isso é punição para quem enganou o povo a quem deveria servir?
 
  Se realmente houvesse disposição real para punir os ‘mensaleiros’, além do sequestro de bens e multas – visto que todos são ricos ou milionários, deveriam esses seres abjetos ser banidos para sempre da vida pública do país. Mas eles são espertos, e alguns cuidados teriam que ser tomados.
  Devido à íntima relação que muitos têm com o poder, para que a punição fosse cumprida em sua plenitude eles não poderiam exercer as “profissões” de consultores ou assessores – o que lhes garante, com sua influência, continuar roubando através de negociatas. Também não poderiam ser filiados a nenhum partido político – você sabe porque. 
 
  Finalmente, para assegurar o cumprimento das condenações, usariam a famosa ‘tornozeleira’, o que evitaria que dessem suas escapadas.
 
  Infelizmente, como disse o rei no livro “O Pequeno Príncipe”, “temos que esperar de cada um o que cada um pode dar”. Pelo que observou-se até o momento, o judiciário não tem muito a nos oferecer.
  Nestas horas, sinto-me prejudicado por ser Ateu: não tenho a quem rezar.
 

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