quinta-feira, novembro 28, 2013

O SONO E A IGNORÂNCIA

Vincent Van Gogh sempre foi meu pintor preferido. Dizem que ele era louco. Não acredito nisso. Creio que era muito revoltado, a ponto de explodir, vez por outra. Sua genialidade não suportou a ignorância da época em que viveu.


  O SONO E A MALDIÇÃO DA IGNORÂNCIA
 
  Certas atividades favorecem o acúmulo da bagagem cultural em nós. Artista de teatro, os ‘ólogos’ de modo geral (antropólogos, sociólogos...), escritores e historiadores, etc.
  A escolha de profissões que trazem esses benefícios obriga-nos a ler muito e estar sempre bem informados. A dificuldade é lembrar ‘onde’ obtivemos uma informação, pois as comunicações se expandiram, felizmente, em demasia. Raramente sei em qual mídia determinada informação foi obtida; Jornal impresso (qual?), tevê, uma revista, um livro? Terá sido na internet? Em qual site ou blog? Haja memória para guardar esses detalhes, para os quais nossa memória não dá a menor importância.
  Sim, nosso cérebro é muito independente. Não são poucas as vezes em que decidem sem nos consultar. Acredito que ele também possui o tal livre-arbítrio – uma espécie de piloto automático.
 
 
  Andei lendo sobre o ‘sono’ e não foram poucas as descobertas que fiz. Sabe aquela teoria do personagem Sherlock Holmes, na qual ele costumava dizer que só aprendia o que era necessário para realizar seus trabalhos? O detetive acreditava que nossa memória era como um quarto, que tinha que estar bem arrumado e não muito cheio de coisas inúteis. Só assim haveria espaço para guardar o que era importante. Sempre acreditei que esse era um raciocínio interessante, apenas isso.
  Bem, até agora. Ao ler pesquisas científicas sobre o nosso sono, aprendi que o inglês, ‘danadinho’, estava certíssimo. Aliás, ele ensina outras coisas importantes, como, por exemplo, fugir das mulheres. Mas isso é outra história.
 
  Outra descoberta importante foi sobre o meu sono. Eu ficava preocupado por dormir (sou aposentado, lembram-se?) qualquer hora do dia ou da noite; um sono segmentado, que eu considerava anormal. Pois aprendi que é muito normal, e sempre acordo relaxado. Faz um bem enorme dormir quando bate o sono. O artigo científico que li, avisa que é muito feio ter preconceito com quer dorme durante o dia.
 
  O sono RAM, fase em que dormimos mais pesadamente e sonhamos, é muito eficaz para arrumarmos nossas ideias. Não raro encontramos a solução para um problema nessa fase, e acordamos com a nova ideia na cabeça. Muitas religiões conseguem convencer as pessoas de que foi Deus que enviou um seu mensageiro para nos ajudar. É a velha mania de se deixar seduzir pelo sobrenatural. Não é bem uma mania, mas uma maldição da ignorância.
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário