CASAMENTO E PAIXÃO
O Capeta não gosta de dar conselhos;
preferiria vendê-los. Entretanto, ante o enorme tamanho da burrice humana,
morro de pena e caio na tentação de dar uma ajudinha. A ironia é que fui criado
para tentar os outros e não para cair em tentação.
Refiro-me aos apaixonados, que são, em grande
parte, muito imaturos. Idiotas, acabam casando – coisa que nunca deu certo.
Eles sentem-se superiores aos outros mortais, e acabam acreditando na perpetuação
dessa paixão. Nada é permanente. Se investir em coisas palpáveis dá errado, na
maioria das vezes, como então você investe em algo abstrato como uma emoção?
Tudo passa, exceto a burrice – que teima em ficar na mente dos fracos (já sei,
você não é fraco) e os obriga a permanecer no erro, achando que “Desta vez vai
dar certo!”.
Sabe quando um casamento pode dar certo até a
morte? Quando você casa e morre pouco depois. Esse ‘pouco depois’ significa
realmente muito pouco. Permanecer casado muito tempo é determinado por uma ‘conveniência’
não admitida, inconfessável – até para si próprio.
Parece absurdo? Pois não é. O ser humano
constantemente engana a si mesmo. Mas isso pode? Não só pode, como acontece com
todos os 7 bilhões de habitantes deste planetinha insignificante. Mas não
gostamos de pensar no assunto. Dói demais perceber que nós próprios nos
enganamos. Melhor inventar outra justificativa.
Meu conselho é: Case, se estiver apaixonado,
pois não há nada mais gostoso; mas, atenção, só case se seu médico garantir que
você não tem mais do que 4 ou 6 meses de vida. Case, estando apaixonado, se
você for um ‘serial killer’ muito esperto e quando seu cônjuge começar a
irritar, acabe com ele, sem deixar rastros. É questão de planejamento. Aliás,
se houver em sua cabeça um pouco de sabedoria, comece esse planejamento já na
primeira semana de casado. Eu garanto: muita gente boa e “feliz” têm vontade de
enviar seus parceiros para junto de Deus. Falta coragem.
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