domingo, novembro 17, 2013

BURRO INSTRUÍDO FAZ PLANO 'B'

Há dois tipos de asno: o que lê e se informa, e os raça pura. O nome desse aí na foto à esquerda é Henrique Pizzolato, e pertence ao grupo dos letrados, aqueles que fazem um plano 'B', para qualquer eventualidade. Afinal, tudo que pode acontecer, acaba acontecendo.
 
 
 
  OS INJUSTIÇADOS
  Falando da ação penal 470 (mensalão), minha consciência – que é diferente da do José Dirceu, detecta alguns erros de interpretação por parte da justiça, no que concerne à dosimetria (os tamanhos) das penas aplicadas.
  Imaginemos, apenas hipoteticamente, que uma grande quadrilha fosse desbaratada pela polícia; quem você acha que deve receber a maior pena, o chefe que ordenava os crimes, ou seus peões?
  Toda a corrupção descoberta até agora, foi ordenada e coordenada por líderes políticos do Partido dos Trabalhadores, o PT. Isso parece-me óbvio. Sem eles, os agentes financeiros e empresariais que participaram das fraudes, nada poderiam ter feito. A proposta partiu, evidentemente, de quem estava com as rédeas da política partidária e governamental.
 
  Os empresários que aderiram ao vergonhoso episódio trambiqueiro só o fizeram por ter sido cooptados, arregimentados e convidados a fazê-lo.
  Eles merecem punição? Claro que sim, mas não 40 anos – enquanto o poderoso chefão fica impune e seu braço direito nas falcatruas, abençoado, com apenas 10 anos.
 
  O ÚNICO ESPERTO
  Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, foi designado para o cargo por quem manda no banco: o governo federal. Obedeceu ordens? É evidente que sim. Ganhou algum dinheiro com isso? É evidente que sim. Ninguém faz ‘trambique’ sem ganhar algum trocado. Mas o que ele teria a perder? Quem poderia imaginar que a falcatrua fosse descoberta e, pior, acabasse (perdoem a ironia) ‘do jeitinho que ainda não acabou’?
  Pizzolato fez o que qualquer um que não fosse idiota deveria fazer: se mandou para a Itália, onde estará seguro, em casa.
 
  Os bobos? A banqueira Kátia e seu diretor, Valério e sua turma. Faz tempo que dava para perceber onde a corda arrebentaria. Só cego não viu. Todos tiveram tempo de planejar fugas espetaculares, mas devem ter acreditado em promessas ‘não sei de quem’. Esqueceram da velha filosofia, segundo a qual “o futuro é imprevisível, da lei de Murphy, e da principal: todo mundo mente para conseguir o que quer”.
 
 
 
  Não me imagino na situação desses senhores e senhoras, mas, a gente nunca sabe – portanto eu também teria caído fora.
  


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