sexta-feira, maio 17, 2013

VOCÊ SE ACHA LIVRE?

Liberdade é um tema controverso. Cada um tem uma ideia do que significa ser livre. Mas há alguns pontos em que consegue-se a unanimidade.
 
     VOCÊ SE SENTE LIVRE?
 
     Creio que o mais próximo de ‘ser livre’ que alguém pode alcançar é ser 99% livre. Mas alguém pode definir o que é liberdade? Há respostas bobas e respostas inteligentes para a pergunta – o que não há é uma resposta definitiva. Tendo a achar que cada indivíduo tem sua própria ideia sobre o assunto, ou melhor, sua própria necessidade. Para alguns, morar só é o bastante. Mas há quem não goste de estar só. Para estes, liberdade pode ser qualquer outra coisa.
 
     Vamos pensar juntos? Para alguns homens, o ideal seria se, mesmo casado, pudesse chegar a casa, sozinho, qualquer hora da madrugada. A mesma possibilidade não empolga o sujeito que gosta de dormir cedo e não se sente atraído pela vida noturna.
     Pelo menos eu cheguei à conclusão de que sentir-se livre é uma questão que varia de pessoa para pessoa. Traduzindo: se somos 7 bilhões de terráqueos, teremos 7 bilhões de conceitos e definições diferentes sobre o tema.
     É óbvio que há detalhes que são praticamente comuns a todos, como decidir a hora de dormir ou comer, sair ou ficar em casa assistindo um filme. Acredito que esses ‘pequenos’ detalhes são unanimidade em qualquer entendimento sobre a liberdade absoluta – ou quase.
 
     “Só faço o que eu quero, se quero, e quando quero!” não existe. É utopia. Tenho uma ideia de como dizer mais ou menos isso com mais realismo e pé no chão. Que tal “Não faço tudo o que quero, mas só faço o que quero!”? Assim mesmo, não é uma definição definitiva. Ir ao dentista é algo que ninguém gosta de fazer – seja pelo incômodo ou pelo preço que os dentistas cobram. Até por que para isso é preciso marcar hora – mas só você é obrigado a ser pontual. Dentistas são desagradáveis.
 
     Eu me considero 93,5% livre. Como cheguei a esse percentual? É que sou ‘livre’ para arbitrar o número que eu quiser, com a vantagem de não poder ser contestado. Algumas possibilidades me fazem sentir livre em 93,5% do tempo. Adoro morar só, e apesar de ter familiares como vizinhos – nada é perfeito –, tenho 93,5% do meu tempo para não ter que falar com ninguém. Familiares gostam de contrariar o que você pensa ou sente. Danem-se!
     Durmo quando o sono bate, e acordo quando o sono se vai. Só atendo o telefone quando estou ‘com saco’, e saio de repente porque me deu vontade de comer alguma coisa que não tem em casa. Odeio ouvir alguém dizer que estou fumando muito; quando o fazem, sou ácido na resposta. Uma coisa que prezo muito é não ter que agradar quem quer que seja por motivo algum. Aprendi a viver bem sem muito dinheiro – isso talvez seja o meu grande segredo. Ah, liberdade de pensar e dizer o que queremos – mesmo que precisemos escolher as palavras -, é fundamental. Liberdade é não sentir medo.

     Agora o mais importante é que não tenho mulher. Mulheres são gostosas de saborear, mas difíceis de conviver. Não sabem conversar e gostam de ter razão sempre. Vivem para discutir o sexo dos anjos.
     Na minha idade o nível de testosterona é mais baixo, e, quando sinto desejo, vou atrás da 'perseguida'. Quando chegar o dia em que o desejo desaparecer completamente, não me restará uma velha chata que vai me obrigar a ouvir o blá, blá, blá dela.

 

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