Joel Santana é a exceção entre os brasileiros. Por isso ele conseguiu ser poliglota. Pensando bem, não é pra qualquer um. Viva o Joel.
FALANDO OUTRO IDIOMA
Posso estar errado, mas não totalmente.
Observei que estrangeiros têm, pelo menos aparentemente, mais facilidade para
aprender a falar outros idiomas. Prestei muita atenção e percebi que quase
todos os que aprenderam o português não pronunciam as palavras com perfeição;
pior, têm uma pronúncia péssima. Mas isso não os impede de se comunicar e
trabalhar no Brasil, falando o nosso idioma e até tiram vantagem dos erros de
linguagem.
Brasileiro é diferente. Esse gosta de
fazer bonito. Preocupa-se mais em dar um nó na própria língua e pronunciar
igualzinho o povo nativo de onde quer que seja, do que saber o que diz e se
fazer entender. Nunca vi um americano pronunciar nossas palavras sem ‘aquele
sotaque engraçado’. Eles não estão nem aí para esse detalhe. Claude Troigros, o
Chef francês , tem até um programa de televisão no Brasil, fala gozado mas se
comunica bem. E olha que ele já está ente nós faz tempo.
Então vamos combinar que o brasileiro é um
idiota. Essa preocupação enorme com a pronúncia trava um pouco o aprendizado. O
pior é que se um brasileiro fala alguma coisa em inglês sem a pronúncia
perfeita, sempre haverá um otário para rir dele. Um otário nativo, é claro. Até
parece que, no nosso imenso país, todas as regiões falam o mesmo português, e
as pronúncias são iguais.
A EMPRESA MUDOU DE DONO
Não importa o tamanho, mas o pânico se
estabelece. Maus pensamentos e boatos sem o menor sentido proliferam como uma
endemia. Os preocupados serão os primeiros a ir pra rua. Eles transmitem
insegurança aos demais. Muitas vezes o terror se instala.
O fenômeno ocorre quando apenas o síndico
de um edifício pequeno muda, ou no pequeno mercadinho com menos de 20
funcionários que foi vendido. Também acontece nas grandes empresas, com a única
diferença visível sendo o número maior de desesperados. Parece que todos
perderam a confiança no próprio ‘taco’.
Funcionários do antigo patrão promovem
reuniões para avaliar os riscos de cada um, como se isso fosse possível. Nem
passa pela cabeça deles que, para o novo dono, o melhor é manter o maior número
de empregados antigos. Melhor e mais barato. A atitude mais recomendada nessas horas é manter
a tranquilidade e procurar colaborar com a nova administração, mostrando que
você é capaz. O medo é compreensível
naqueles que eram apenas ‘afilhados’, protegidos, ou sem muita qualificação
profissional.
Mudanças, sempre houve e sempre haverá. Demissões
idem.
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