EXISTEM LEIS JUSTAS?
100% justas? Não. 100% injustas? Também
não. Todas elas são passíveis de críticas e, portanto, discutíveis. Boas ou
não, todas as leis ‘caducam’. Dependendo do que pretendem regulamentar, umas
envelhecem aos cinco anos, enquanto outras com 10 ou 15. Imagine só um país
enorme como o Brasil, com tantas diferenças regionais e desníveis culturais
gigantescos, onde há leis com até 70 anos de existência que valem para todo
mundo, do Oiapoque ao Chuí.
Todos os países do planeta necessitam de
ajustes pontuais, de acordo com a evolução da ciência e da tecnologia, e, é bom
não esquecer, das mudanças de comportamento da sociedade – mudanças mais
rápidas em lugares aonde o progresso chegou antes e mais lentas em lugares
atrasados.
Todos os governos mais ou menos
democráticos convivem com esse problema: a forma imperfeita de governar.
É verdade que as leis podem – e devem –
ser modificadas, para o bem ou para o mal. Aí está a grande dificuldade. Mudar
qualquer lei sempre implicará em contrariar interesses de ‘blocos’ políticos
organizados e mesmo dos advogados, que estão metendo o nariz em tudo. Exemplos mais que evidentes desses grupos:
Evangélicos, Ruralistas, construtores, e por aí vai. Para não falar dos
sindicatos que, longe de defender unicamente os interesses dos seus associados,
são contraditórios conforme o interesse político dos seus dirigentes.
Mudar as leis tributárias e fiscais, do
judiciário, ou as que envolvem o sistema político absurdo em que um senador
assume sem ter tido um só voto e um vereador tenta obter votos em toda a cidade
e não apenas no distrito onde vive e pode ser cobrado, acabar com as mordomias
de parlamentares que ganham mais do que todo mundo e não pagam nem a própria
gasolina, telefone, moradia, não há limites para suas despesas médicas, etc.,
etc. etc., é tarefa gigantesca, que não pode ser feita em um só governo.
Daí... Daí que você tem que se conformar
em viver fazendo coisas erradas – a única maneira de conseguir sobreviver com
alguma dignidade. Quando um presidente
da república admite que seu partido faz ‘ caixa2’ por que é costume dos
partidos fazerem isso mesmo sendo ilegal, só resta seguirmos o ditado popular
“Em terra de sapos, de cócoras como eles”.
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