Vejam a diferença de um ladrão de antigamente. Reparou na delicadeza com que exercia sua profissão? Tudo para não incomodar a vítima.
O BATEDOR DE CARTEIRAS
Infelizmente essa profissão está quase
extinta. Eles eram bons no que faziam. Nunca agrediam, nunca matavam. Eram
sutis, quase educados. Flagrados, devolviam a carteira e ainda pediam desculpas
por ter esbarrado em você.
Hoje o batedor de carteiras modernizou-se.
Perdeu a sutileza. Ele simplesmente encosta uma arma em você e, xingando, pede
os ‘objetos do seu (dele) desejo’ ou... Ou você morre! Muitas vezes você morre
mesmo quando atende todos os ‘pedidos’ do marginal enlouquecido. Aquela
habilidade de subtrair coisas sem que a vítima percebesse perdeu-se no tempo.
O pior é que hoje esses crimes são
praticados por crianças entre sete e dezessete anos. Concordo com o que o
leitor está pensando: dezessete anos não é mais criança. Já tem consciência do
que pratica. Pode até ser “dimenor”, mas podem votar, sabem estuprar, usam
drogas pesadas e matam – com ou sem motivo.
O antigo batedor de carteiras – hoje
bandido perigoso - não restringe-se apenas a furtar sua carteira. Ele quer seus
anéis, cordões, pulseiras e relógios. Em várias ocasiões, querem sua vida a
troco de nada. É o prazer de matar.
Pobreza não é desculpa. Se fosse, teríamos
um país com 40 milhões de ‘latrocidas’. O fato de reconhecermos a necessidade
de que políticas públicas sejam implementadas para reduzir o número desses
meliantes que se agiganta a cada dia não significa que vamos tolerar que eles
continuem sua ‘formação profissional’ impunemente. Para isso elegemos um
parlamento. Para fazer as mudanças necessárias à paz social. Depois eles se
queixam que quem está legislando é o Supremo e o executivo. Está na hora desse
pessoal trabalhar e fazer jus ao salário que lhes pagamos.
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