terça-feira, maio 28, 2013

LADRÕES DE ANTIGAMENTE

 
Vejam a diferença de um ladrão de antigamente. Reparou na delicadeza com que exercia sua profissão? Tudo para não incomodar a vítima.
 
 
 
 O BATEDOR DE CARTEIRAS
 
 
     Infelizmente essa profissão está quase extinta. Eles eram bons no que faziam. Nunca agrediam, nunca matavam. Eram sutis, quase educados. Flagrados, devolviam a carteira e ainda pediam desculpas por ter esbarrado em você.
 
     Hoje o batedor de carteiras modernizou-se. Perdeu a sutileza. Ele simplesmente encosta uma arma em você e, xingando, pede os ‘objetos do seu (dele) desejo’ ou... Ou você morre! Muitas vezes você morre mesmo quando atende todos os ‘pedidos’ do marginal enlouquecido. Aquela habilidade de subtrair coisas sem que a vítima percebesse perdeu-se no tempo.
 
     O pior é que hoje esses crimes são praticados por crianças entre sete e dezessete anos. Concordo com o que o leitor está pensando: dezessete anos não é mais criança. Já tem consciência do que pratica. Pode até ser “dimenor”, mas podem votar, sabem estuprar, usam drogas pesadas e matam – com ou sem motivo.
 
     O antigo batedor de carteiras – hoje bandido perigoso - não restringe-se apenas a furtar sua carteira. Ele quer seus anéis, cordões, pulseiras e relógios. Em várias ocasiões, querem sua vida a troco de nada. É o prazer de matar.
 
     Pobreza não é desculpa. Se fosse, teríamos um país com 40 milhões de ‘latrocidas’. O fato de reconhecermos a necessidade de que políticas públicas sejam implementadas para reduzir o número desses meliantes que se agiganta a cada dia não significa que vamos tolerar que eles continuem sua ‘formação profissional’ impunemente. Para isso elegemos um parlamento. Para fazer as mudanças necessárias à paz social. Depois eles se queixam que quem está legislando é o Supremo e o executivo. Está na hora desse pessoal trabalhar e fazer jus ao salário que lhes pagamos.
 


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