segunda-feira, maio 06, 2013

INVESTIGAÇÃO SEM RIGOR

A morte de Paulo Cézar Farias, vulgo 'PC', braço direito do Fernando Collor, foi investigada "sem rigor". Foi queima de arquivo? Foi. Um senador pode ter sido o mandante? Pode. 
 
     “INVESTIGAÇÃO RIGOROSA”
 
     A expressão acima é um pleonasmo, o que no fundo significa redundância. Por princípio, toda investigação TEM que ser rigorosa – caso contrário seu resultado é questionável, duvidoso, mentiroso, essas coisinhas sem importância.
     Autoridades de qualquer nível, de um simples chefe de departamento à presidente da república, sempre dizem que abrirão uma sindicância para que o ‘malfeito’ – geralmente corrupção – seja apurado com rigor.
 
     Você, leitor, entenderia se uma investigação fosse feita ‘sem rigor’? Esse modelo nem deveria existir, mas estamos no Brasil, país que insiste em não ser levado a sério. A investigação no modelo ‘sem rigor’ é geralmente – quase sempre – aplicada quando amigos do poder estão envolvidos em falcatruas. Já a “rigorosa” indica, quando não é fictícia, que o indiciado é adversário ou inimigo dos detentores do poder. Esses precisam ser eliminados.
 
     Partindo da premissa de que ‘ninguém é santo’, todo mundo, inclusive eu e você, ficaria, no mínimo, constrangido se fossemos submetidos a uma investigação séria sobre nossa vida. Claro que existem erros e ERROS; na melhor das hipóteses, eu e você só cometemos erros do tipo escritos com letras minúsculas.
 
     Posso dar alguns exemplos, para ser mais claro. Esse caso do assassinato do PC Farias, que foi braço direito (apesar de errado) do Fernando Collor, no auge dos escândalos de corrupção, não foi investigado com seriedade – e muito menos com rigor. Tanto que mais de 15 anos após o crime, apenas quatro seguranças do falecido estão sendo levados a julgamento. Se forem realmente eles os que mataram o ‘chefe’, quem foi o mandante?
     Outro caso interessante é o do ex-ministro Palocci, que ficou rico num abrir e fechar de olhos. Não foi investigado com seriedade e hoje é ‘conselheiro’ da presidente Dilma e do ‘eminência parda’ Lula.
    
     Essas coisas sempre funcionaram assim, em todos os governos, desde que eu comecei a perceber como a banda toca. Paciência se você escolheu o lado errado para ficar. É como diz o ditado: “Aos inimigos, o rigor da lei...”

 

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