Dar ou não dar esmola? O provérbio popular diz que "Quem dá aos pobres, empresta a Deus". O sujeito na foto ao lado parece não concordar com a sabedoria do povo. Entrevistado alguns metros adiante, explicou sua atitude: "Deus não é bom pagador" - disse. Há muitos que concordam com ele. Se Deus paga um dia, certamente demora muito a fazê-lo.
A VOZ DO POVO
Você
crê, de verdade, que o povo possui sabedoria? Se acreditar, imagino que sua mente tenha
sido abastecida através de lavagem cerebral – aquele método de repetição
aplicado durante anos, desde que você era criança. Ou então, você é mesmo uma
‘anta’ de nascimento. Prefiro acreditar que o seu caso seja o primeiro, o que
significa haver possibilidade de ‘cura’. Para isso, leia muito, para embaralhar
as ideias, e depois procure uma linda psicóloga que lhe ensine a pensar.
O exageradamente endeusado William
Shakespeare, escreveu, há 500 anos, umas histórias bobas, como “Otelo”, o negão
doido que matou a mulher por, acredite, ciúme. Escreveu obra sobre assombração, na peça “Hamlet”.
Coitado do William, não sabia de nada. Hoje é leitura de intelectuais, mas no
seu tempo era popular – escrevia para o Zé.
Naquela época, o moço já preconizava essas
ideias pobrezinhas que simplificavam perigosamente o pensamento daquele tempo.
Hoje, o povo não é mais analfabeto; foi ‘promovido’ a apenas, ignorante. No
século 16 gostavam de Shakespeare; hoje apreciam Jô Soares, J.K.Rowling (Harry Potter), Padre
Marcelo Rossi, Paulo Coelho ou E.L. James (50 tons de cinza), todos autores de
uma subliteratura. Progredimos intelectualmente?
Alguns ‘espertinhos’ inventaram os livros de
autoajuda, para você alcançar o sucesso. Chamo-os assim por serem os únicos beneficiados
por você ser um idiota e comprar seus livros. Não, não estou sendo rigoroso
demais. Quem escreve uma tolice é porque é tolo, certo? Errado. “Um tolo
encontra sempre outro, mais tolo, que o admira”.
A sabedoria
popular é fruto de generalizações e tira proveito de um raciocínio dogmático e
simplificado. Algumas frases são bem construídas e atraem seguidores, mais pela
semântica do que pela lógica – se é que houve algum raciocínio lógico. Uma das
mais fantásticas é a que recomenda “Siga seu coração”. Faça isso sem pesar
muito bem os prós e contras, e depois me conte onde você errou. O coração
sempre nos enganou e não merece confiança, nem mesmo para uma simples ‘primeira
impressão’. Aliás, há uma teoria que tenta provar que o coração é movido a
testosterona.
Resumindo:
Não existe burrice maior que a sabedoria popular.
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