segunda-feira, setembro 02, 2013

MÃE, UM TEXTO INACABADO

 
 
MÃES, UM TEXTO INACABADO 

     
   Elas são um tema inesgotável. Qualquer tentativa de explicá-las é como andar sem rumo, vagar sem nexo por território desconhecido. Sempre nos surpreendem. Cansado de buscar uma definição, digamos, mais adequada, parti para uma teoria que chamei de “Mãe Conforme Contexto” - MCC.
   Assim, conversei com amigos e amigas sobre suas relações com suas próprias mães, e os problemas que tiveram para lidar com elas. Deixo claro que ‘entrevistei’ a mim mesmo, pois também me considero vítima dessa “bipolaridade múltipla” que faz parte das personalidades conflitantes dessas senhoras com fama de ‘boazinhas’. Acredite: é só fama. Elas só nos apoiam quando nossos interesses coincidem.
 
   Uma pergunta que todos fazem é: Mãe não ama seus filhos? A resposta é: Não! Mães amam a si mesmas; os filhos não passam de uma extensão do seu corpo – e alma, se alma existir. Amando os filhos, elas apenas gostam de si mesmas; orgulham-se da sua “obra” perfeita, como se a perfeição existisse.
   Outro dia minha filha foi furtada, por negligência recorrente e imperdoável. O prejuízo de muitos reais (muitos mesmo) foi minimizado pela mãe (dela) compreensiva, que enfiou nos meus ouvidos a brilhante frase: “Essa juventude é mesmo descuidada”. Que juventude? A ‘menina’ está com mais de 30 anos, fez faculdade e duas pós-graduações. Pois é, mãe é assim. Todas são Incoerentes.
   Carrego a certeza de que sempre, até o fim da minha vida, poderei abordar um ângulo novo sobre qualquer mãe, escrever sobre elas, e deixarei muita pergunta sem resposta. Este é, portanto, um texto inacabado.
 
   Quando o futuro se torna presente, algumas vezes você terá que dar o braço a torcer: “Minha mãe tinha razão”, você pensa. Está enganado. Ela acertou por pura coincidência, do jeito que alguém acerta os números da loteria. Como coincidência? Essa é fácil: Os interesses (dela) coincidiram com os seus, dentro de um determinado contexto. Em geral, esses interesses colidem, mas há exceções.   
 
   Outro aspecto interessante da minha análise é que tanto faz ser mãe rica ou mãe pobre. São a mesma fraude.
   Mesmo fingindo ser amáveis, elas não gostam de suas namoradas. São vistas como concorrentes. São a ameaça da sua independência, do seu Grito do Ipiranga.
   Vou explicar melhor. Você é uma anta, se pensou que, antes de casar, era independente morando a menos de 10.000km distante dela. Casando, recebeu apenas mais um pouco de corda, que ela puxa quando acha que está com muita folga. Elas (as mães) possuem armas que ainda não foram inventadas. Destruir casamentos é sua especialidade. Algumas são destituídas de inteligência, e usam, logo de saída, um canhão para destruir a relação do filhão. Outras, mais espertas, carregam nano-armamentos, que vão minando aos poucos essa união maldita. Se o filho ou filha é a extensão da mãe, a escolha tem que ser dela. Tem lógica.
 
   Toda mãe é contraditória. Faz parte da sua natureza bipolar, muitas vezes tripolar. Elas manobram para alcançar o que pretendem, de preferência sem contrariar acintosamente os filhos. Fazem questão absoluta de que seja delas o colo onde eles podem chorar e receber carinho. Se você não acredita, é porque não entende nada de psicologia – ou de psicopatia. Observe sua mãe “com desconfiança”, acreditando que ela pode ser desleal com você, e logo vai lembrar de situações em foi pego de ‘calças curtas’. Numa coisa elas estão certas: Enquanto você ia com o fubá, ela já vinha com o bolo pronto.

 

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