IMÓVEIS: PREÇOS FORA DA REALIDADE

O que é melhor, pagar seu imóvel em dólar ou em reais? O Pascácio prefere em dólar. O argumento do meu amigo: em Real custa 4mil, em dólar custa apenas 1.700.

 

   OS PREÇOS DOS IMÓVEIS NO RIO

 

   O Capeta não é especialista, mas possui bom senso. Não precisa ser muito inteligente para observar que os imóveis estão custando mais do que valem, para compra ou aluguel.

   Dia desses recebi uma oferta (via e-mail) de um apartamento para alugar na Gávea, bairro considerado bom na zona sul carioca. Era um quarto e sala, sem garagem e elevador. Valor do aluguel: 4.300 reais, fora taxas de condomínio e imposto predial. Pareceu-me brincadeira, talvez uma ‘pegadinha’. Não era.

 

   Desde que permitiram ao Brasil sediar a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude em 2013, a Copa do Mundo em 2014, e as Olimpíadas de 2016, os espertos iniciaram uma campanha especulativa sobre os valores dos imóveis.

   Demonstraram, por ‘a+b’, que os preços iriam subir, e que o Céu era o limite. Tentam convencer que o Rio será uma nova Barcelona. Não vai ser. O custo-benefício do que conseguir ser feito em melhoras na cidade não vai compensar os bilhões gastos – mal gastos.

   Claro que alguns poucos vão enriquecer com as previsões e... com as obras.

 

   Não estou afirmando que já existe uma bolha imobiliária. Apenas que esses preços são irreais. Em algum momento eles vão despencar. Até porque o país não vai bem. O pleno emprego começa a dar sinais de que não vai continuar pleno.

   Os culpados pela situação, alegações do governo que não fez “a lição de casa”, são os mesmos de sempre: A China, o dólar, a União Européia, etc. A verdade, no entanto, é que a corrupção em cada recanto deste país aliada à incompetência dos nossos governantes, encarregam-se de fornecer as mais pessimistas previsões. Para piorar, o desespero da disputa eleitoral funciona como o tiro de misericórdia. É muito dinheiro que está sendo jogado fora.

 

   Contudo, ainda não chegamos ao ponto que chegou a economia dos EUA, onde qualquer um comprava imóveis dos quais não precisava, tudo financiado. Mas o caminho que estamos trilhando pode nos levar, no futuro, a uma situação semelhante.

   Fora o fato que o endividamento dos brasileiros já tocou o alarme.

 

   O conselho do Capeta é: Tenha calma; Roma não se fez num dia; seja prudente e não ache que comprando agora você já estará lucrando na semana seguinte.