Olhe bem para esse senhor da foto ao lado. O nome dele era Schopenhauer, um dos maiores filósofos e escritores de todos os tempos. Conhecido pelo seu pessimismo, podemos dizer que ele era tão feio que não poderia ter sido otimista.
O PESSIMISTA
Há tantas explicações para definir que
alguém possa ser considerado pessimista, que prefiro não arriscar com muitos
detalhes. Na prática, existem vários tipos de entendimento, independente de
qualquer estudo acadêmico:
Pessimista é a pessoa que crê ou sugere que
algo ou tudo vai dar errado. Ou quem acredita que tudo pode dar errado. Bem,
pelo menos é como a maioria entende o significado de ‘ser pessimista’. Para
esses, ser ponderado é o mesmo que ser pessimista, o que é um equívoco de
interpretação.
Nem todos os ‘pessimistas’ realmente o são.
Os mais espertos procuram, num leque de possibilidades, a menos arriscada - simplesmente
porque elas existem. Ao tomarem uma decisão, não quer dizer que estejam
‘certos’ do bom resultado. Nada é certo, nunca.
O
pessimista ponderado (pelo menos o assim considerado) jamais se frustra caso
suas expectativas não aconteçam. Ele não esquece que essa é uma possibilidade
real. Se ele percebe que seus planos são inviáveis ou excessivamente arriscados
ainda na fase do planejamento, sente-se vitorioso por ter evitado um fiasco. O
pessimista ponderado em geral é mais feliz.
Numa empresa de médio ou grande porte, é
fácil identificar os que se comportam com pessimismo. São os diretores
financeiros ou controladores. Eles precisam questionar tudo, nos mínimos
detalhes. Já o pessoal do marketing e vendas, excedem-se em otimismo. Todos
estão certos; fazem exatamente o que são pagos para fazer. Nem tudo o que
parece à primeira vista é o melhor. Alguém precisa ser o advogado do Diabo.
É o mesmo que você, que gosta de gastar e
comprar muitas coisas; caso sua mulher também seja gastadeira, logo as finanças
da família estarão com problemas. Não estou sendo pessimista. Não é tão difícil
olhar para a frente e conseguir enxergar o que sua vista alcança com nitidez.
Essa filosofia que defende o otimismo não
funciona. O ideal é ser as duas coisas: pessimista e otimista; depois, ponha numa
balança ‘honesta’ e veja o que pesa mais. Pensamento positivo não leva a nada.
Nem o negativo, mas este, pelo menos, não permitirá que nos decepcionemos.
Ninguém controla o que está por vir. Há
fatores que criam combinações em maior número que as possibilidades num jogo de
xadrez. Sorte, azar, acaso, o imponderável, e mais uma porção de fatores que
podem surgir do imprevisto.
Fiz 8 cirurgias por uma simples hérnia
ingnal e, tendo pegado uma infecção braba logo na 1ª, quase parti para o descanso
eterno. Para as 7 primeiras, fui com fé absoluta de cura; a 8ª, nem queria
fazer. Certo da derrota, encarei o bisturi jurando que seria a última vez. Eu estava
conformado com a morte. Deu tudo certo, fiquei curado. Será que meu pessimismo
ajudou?
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