Uma bomba caiu sobre o Brasil. Uma bomba poderosa, que não matou gente; matou a esperança!
CONCLUSÕES INCONCLUSIVAS
Todo o respeito e a admiração que sempre
senti pelo ministro Celso de Mello, do STF, continuam inalterados. Minhas
impressões, boas ou más, sobre todos os outros ministros mantém-se as mesmas.
Continuo considerando a forma de indicação
de um desembargador ou ministro de tribunais superiores, inadequada para
garantir a imparcialidade e a isenção desejadas pela república. É como a
legitimidade de um parlamentar que, mesmo não tendo sido votado nem por ele
próprio, assume a cadeira no senado federal, antes ocupada pelo titular
impedido.
Não sou jurista, felizmente. Não me sentiria
confortável em trabalhar apoiado em leis elaboradas muitas vezes sem a
serenidade necessária, e até mesmo de forma casuística. Nossa história, de 1930
até hoje, foi manchada por ditaduras e governos irregulares, alguns que, apesar
de legalizados – não significa apoiados pela moral.
São 83 anos, dos quais esses governos
ilegais, contrários a qualquer democracia respeitável, compuseram a maioria.
Falo da ditadura Vargas, a ditadura militar, e o governo José Sarney, cuja soma
alcança mais de 40 anos.
Há uma falta de coerência nas decisões do
supremo, pelo que este que vos escreve conseguiu observar. Cada caso é um caso.
Em termos.
Entretanto, um fato ficou bastante claro: É
preciso ser muito rico ou ter um patrocinador de causa, para que um cidadão
tenha a chance de merecer os direitos que deveriam ser garantidos a qualquer um.
Nossa justiça é lenta demais, o que provoca
decisões injustas – como é o caso das prescrições que ameaçam interferir nas
punições.
Há um extremo abuso na aplicação dos
recursos, agravos, infringentes ou não – em qualquer instância.
A reforma do judiciário é tão urgente quanto
as reformas política, tributária e fiscal. É uma questão de bom senso. Pura
lógica. Há muita coisa podre em todas as instituições deste país. Em todos os
poderes.
Essas fotos no quadro acima, refletem o estado de espírito dos brasileiros. Conscientes ou não, sentimo-nos como palhaços. A justiça é quase inalcançável para a maioria dos mortais.
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