segunda-feira, junho 25, 2012

VIVENDO SÓ, SEM SOLIDÃO


   FELIPE MASSA
   O corredor de fórmula1 está ficando cada dia mais parecido com seu ex-colega Rubinho Barrichello. Não fisicamente, é claro, mas em dois outros aspectos. As desculpas começam a soar de formas análogas, e a colocação obtida em cada corrida também se assemelha. A sensação que temos é que nossos velozes rapazes não percebem quando estão sendo ‘fritados’ pelas suas empregadoras. Nem todos nascem para ser campeões. É como ser artilheiro do campeonato brasileiro de futebol; são centenas de esforçados, mas só um chega à frente. Devemos ter orgulho de ambos, mas entristece ver que não sabem que chegou a hora de mudar de rumo. O melhor é sair por cima.

   NÃO COMA GATO POR LEBRE
   Toda “ariranha” parece sexy em fotos. O que os abestalhados não sabem é que a maioria, quando abre a boca, é como nos dar um chute na canela – para quem não sabe, esse chute é o modo mais eficaz de derrubar o pau da barraca. Em geral – acreditem no que digo –, a melhor mulher é aquela que não excede no quesito beleza, mas que se entrega com naturalidade, sem a preocupação de se exibir como se estivesse fazendo um filme.

   É TUDO POR DINHEIRO
   Como se não bastasse a violência a que somos obrigados a assistir no dia a dia, a televisão decidiu contribuir para nos ‘educar’ a apreciar a selvageria de lutas entre homens que não passam de animais. Ver seres humanos se espancando e ficando desfigurados após uma luta é um prazer que só uma mente doente pode sentir. Essa estupidez logo estará banalizada, passando a ser ‘coisa natural’.
   
  MORAR SÓ É TENDÊNCIA
   Mudanças nos critérios de moral, nos hábitos e costumes, estão empurrando as pessoas a uma vida solitária. Não entenda ‘solitária’ como sinônimo de infeliz. As pessoas costumam ter medo do desconhecido. Quem nunca morou só, acredita que não seria bom tentar. Mas tudo muda. Hoje, em algumas localidades, quase 45% dos lares têm apenas um morador. Esse percentual tende a aumentar, na medida em que procuramos viver sem fazer mais sacrifícios que o necessário. Convenhamos que viver com outras pessoas é como ter hóspedes. Mesmo sendo queridos, tiram nossa liberdade e invadem nossa privacidade, modificam nossos horários, obrigam-nos a ser contidos e, sempre, querendo ou não, alteram nossa rotina.


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