terça-feira, junho 12, 2012

DIA DOS NAMORADOS


  NAMORO & CASAMENTO
                                                                                       
   Quem namora, o faz por dois motivos: porque pretende casar, ou quer apenas curtir os prazeres do sexo. Alguns - quase ia esquecendo -, para tentar progredir na vida, dando o velho golpe do baú. Antigamente, no tempo da virgindade importante, fazia-se menos sexo. Pelo menos era mais escondido. Nesse ponto, funciona igualzinho aos tempos mais remotos. A única diferença é que atualmente a lua de mel começa no início do namoro. Ou antes. Perdeu o charme. Em compensação, é diferente dos tempos vitorianos; casais geralmente se separam.

   Os séculos passam e o ser humano ainda não aprendeu a lidar com o casamento. Ou somos muito burrinhos, ou gostamos de fortes emoções. Sim, porque acabar um casamento sempre traz fortes emoções, geralmente desagradáveis. Se para usufruir da liberdade sexual ninguém precisa mais casar, para que casamos? Caso você responda “para ter filhos”, fique atento, pois não se faz mais filho como antigamente. Filho, neste século, só traz mais problemas por muito mais tempo, fora o fato de custar mais caro. Mas os humanos são masoquistas, e para punir os que preferiam não casar (não bastava já nascermos condenados à morte?), inventaram leis que consideram companheiros como se fossem casados, com todos os direitos.

    Entretanto, falta responder à pergunta crucial: qual o motivo dos fracassos conjugais? Tenho duas teorias simples, que se baseiam em que as coisas são como são, e não como gostaríamos que fossem. É o caso do velho conhecido nosso, chamado “tesão”. Teimamos em acreditar que ‘dessa vez será diferente’. O senhor Tesão – pensamos - vai durar anos a fio, até a velhice feliz. A culpa não é nossa. Fomos educados para acreditar em contos de fadas que garantem que o casal foi feliz para sempre. Se eles foram, nós também podemos ser – esse é o raciocínio. Alexandre Dumas, o escritor, dizia que “O laço do matrimônio é tão pesado que requer duas pessoas para sustentá-lo; muitas vezes, três ou mais”. É uma verdade que não queremos aceitar.

   Eu acrescentaria a segunda teoria, que causa tanta confusão: ‘O namoro é a fase do relacionamento afetivo entre dois seres, em que ambos aparentam ser exatamente o contrário do que são’. Alguém duvida disso? Quem não se controla para impressionar positivamente a outra pessoa? Quem, na fase da conquista, não demonstra qualidades que não possui? É aí que a porca torce o rabo.

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