AQUILES
NÃO É NOME DE CALCANHAR
Estamos vivendo a ‘era das comunicações’.
Nunca o planeta ficou tão pequenino. Tudo se ouve, vê e sabe, até mesmo - e
principalmente - o que não era para ninguém saber. Ou o que aconteceu somente e
apenas na imaginação de alguns. Afinal, às pessoas não precisam de prova
alguma: elas acreditam no que gostariam que fosse verdade. Bem, vamos deixar
esse negócio de ‘provas’ para nossos brilhantes juristas e seus processos complicados.
Como eu ia dizendo, nunca os humanos
enfrentaram tanta dificuldade para entender uns aos outros. Isso só aumenta a
riqueza dos juristas, que recebem seu pagamento, merecendo ou não. Fico
imaginando o pobre juiz, que ganha seus míseros vinte e poucos mil por mês, o
que deve pensar na hora de decidir quem vai ganhar a briga. Falo desses cada
vez mais comuns ‘causos’ em que sabemos quantos milhões os advogados recebem
para mandar seus estagiários fazerem o trabalho pesado.
Ainda não entrei no verdadeiro assunto desta
crônica. O título “Ele Disse, Ela Disse” refere-se à total falta de comunicação
entre homens e mulheres que se envolvem numa relação afetiva. Isso ocorre com
frequência por causa das escolhas erradas. ‘Um intelectual ficou excitado ante
a beleza e formosura da garçonete, a qual, é óbvio, ficou envaidecida pelo
interesse e decidiu retribuir’. Você, leitor, tem alguma dúvida que se esse
namoro for em frente vai dar errado? É que a gostosura é ótima pra se olhar,
tocar, mas nunca para ouvir e conviver. E não estou falando que a moça não é
gente boa, ou que o moço é um bom caráter. O idioma em que eles se comunicam
pode ser parecido, mas as linhas de raciocínio seguirão paralelas até o
infinito.
Esse fenômeno é constante nas relações entre
duas pessoas. Até mesmo quando não há interesse sexual, apenas amizade.
Geralmente o que mais sofre é o que possui um número maior de neurônios. O que
está no andar de baixo até aproveita para aprender algumas coisinhas, mas pode
crer que, sendo relação com envolvimento, vai sempre acabar mal; se for só
amizade, há que se ter o cuidado de não ter encontros frequentes. Quando o
convívio é grande, nem uma simples amizade resiste. Essa é a explicação lógica
para que os grandes milionários casem entre si. Eles têm um modo de ver a vida
que é único. Qualquer tentativa que contrarie suas ‘regras não escritas’, está
condenada ao fracasso.
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