UNIÃO É FUSÃO DE
INTERESSES
Tecnicamente, a
fusão de duas empresas é a mesma coisa que um casamento entre duas pessoas -
que tentam suprir suas deficiências apoiadas nas qualidades da outra. Até esse
momento, tudo encaixa direitinho e as duas partes acreditam no “até que a morte
nos separe”. Só que a palavra ‘morte’ não deve ser interpretada ao pé da letra.
Durante a caminhada, muitos interesses individuais vão deixando de existir ou
sendo substituídos, e nem nos damos conta – ou fingimos não perceber, que é
mais cômodo.
Essas mudanças de
expectativas – tanto a matrimonial quanto a empresarial – são normais, e não
devem ser confundidas com fracassos. Quando alcançamos um objetivo, festejamos
por um tempo finito e logo passamos a desejar outra coisa. No passado, as coisas duravam mais por causa
da moral (que felizmente mudou) e das opções, que eram poucas. Em compensação, hoje
nossa vida é mais intensa, menos monótona e sem graça. Tudo tem um prazo de
validade. A sabedoria é conseguir prever – por aproximação – quanto vai durar
cada euforia. Mas isso é quase impossível, por sermos prisioneiros das nossas
emoções, que impedem que sejamos racionais.
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