terça-feira, junho 19, 2012

TUDO ACABA. TUDO MUDA.

    UNIÃO É FUSÃO DE INTERESSES

   Tecnicamente, a fusão de duas empresas é a mesma coisa que um casamento entre duas pessoas - que tentam suprir suas deficiências apoiadas nas qualidades da outra. Até esse momento, tudo encaixa direitinho e as duas partes acreditam no “até que a morte nos separe”. Só que a palavra ‘morte’ não deve ser interpretada ao pé da letra. Durante a caminhada, muitos interesses individuais vão deixando de existir ou sendo substituídos, e nem nos damos conta – ou fingimos não perceber, que é mais cômodo.
   Essas mudanças de expectativas – tanto a matrimonial quanto a empresarial – são normais, e não devem ser confundidas com fracassos. Quando alcançamos um objetivo, festejamos por um tempo finito e logo passamos a desejar outra coisa.  No passado, as coisas duravam mais por causa da moral (que felizmente mudou) e das opções, que eram poucas. Em compensação, hoje nossa vida é mais intensa, menos monótona e sem graça. Tudo tem um prazo de validade. A sabedoria é conseguir prever – por aproximação – quanto vai durar cada euforia. Mas isso é quase impossível, por sermos prisioneiros das nossas emoções, que impedem que sejamos racionais.   

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