LAVANDO ROUPA SUJA
Impressiona a ‘cara
de pau’ do Zé Dirceu e do seu advogado. Dizer que o ex-ministro vai negar
qualquer vínculo com Delúbio Soares e Marcos Valério requer coragem. Mais que
isso. Significa, no frigir dos ovos, que ambos creem, sinceramente, que o povo
brasileiro é destituído de qualquer neurônio. Incapaz mesmo de raciocinar ou lembrar-se
de qualquer coisa referente ao passado.
Quem se recorda da
véspera da demissão do poderoso ministro, quando o então deputado Roberto
Jefferson – ao vivo pela TV – ‘aconselhou’ que Dirceu pedisse demissão
imediatamente, enquanto era tempo. Jefferson sabia o que estava falando. Sabia
que não havia outra saída, que não fosse pela porta dos fundos. Dirceu foi
desmontado como um quebra-cabeça.
Teve a ousadia de
fazer um discurso de despedida da chefia da Casa Civil, chamando Dilma Rousseff
de “companheira de armas” – tratamento que não foi repudiado em nenhum momento,
antes ou depois. E é essa gente do PT, que se alia a José Sarney, Fernando
Collor, Renan Calheiros, Paulo Maluf, José Genoino, além de outros do mesmo
quilate ou sem quilate algum. São eles que pretendem continuar enxovalhando este
país por mais alguns anos?
Para tirar essa
corja do poder, o Capeta, que é um democrata convicto, aceitaria até mesmo um
golpe militar, se fosse à única saída. Pelo menos os militares são mais
honestos que os políticos civis. Temos que acompanhar com atenção o julgamento
dos réus do ‘mensalão’. Desse embate depende o nosso futuro. E vamos lutar para
que o sistema de indicação de ministros de tribunais seja menos dependente da
vontade do presidente da república. Um poder não pode ser subordinado ao outro.
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