terça-feira, junho 19, 2012

REFLEXÕES DO CAPETA


   PERIGUETES


   Elas estão em toda parte e, gostemos ou não, farão parte do nosso dia a dia daqui pra frente. Para ser mais exato, a ‘periguete’ sempre existiu, só que com outros apelidos. A razão do sucesso do termo atual é que podemos identificá-las com mais precisão. Definir o que vem a ser uma periguete pode nos levar a cometer equívocos. No entanto, há muitas características peculiares que nos auxiliam a identificar traços do pedigree da espécie. Você observa atentamente, e decide quem é.

   Ser uma ‘periguete raça pura’ requer algumas qualificações, tanto no aspecto físico, como no moral. E atenção à maneira de vestir das moças. Elas costumam realçar suas melhores partes. Saias devem ser curtas e justas. Calças coladas ao corpo, mostrando que as coxas são malhadas e a bunda não é uma simples bundinha. As blusas, também coladas, devem ter decotes generosos, que mostrem a mamadeira que vai alimentar o bebê. As sandálias devem possuir altura suficiente para a jovem – sim, uma periguete tem que ser jovem – enxergar por cima de um jogador de basquete; afinal ela deve sobressair onde quer que esteja.

   A imagem que elas passam é de que são sensuais e ‘boas de cama’, disponíveis, e que adoram provocar e dar – mais dar do que provocar. Sua beleza deve ser um pouquinho acima da média, para que possa atrair o mais recatado e tímido dos homens. Esses são seus alvos preferidos. Periguetes possuem um gosto excessivo por dinheiro, odeiam homens ciumentos, são razoáveis estrategistas, e não se preocupam muito com a reputação – desde que acreditem que cada homem laçado ficará aos seus pés – que devem ser bem cuidados.

   Só há um jeito de se dar bem com uma periguete: Você precisa fingir que acredita no que ela diz, que tem mais grana do que tem, e mostrar que, apesar de ser louco por ela e sentir um ciuminho, confia na sua (dela) honestidade.   




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