CAIU DO CAVALO

Esse olhar de superioridade é característico em Fátima Bernardes

  

   FALTOU PESQUISAR O ÓBVIO

  

   A moça está numa sinuca de bico. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Não é sem motivo que a vaidade é um dos sete pecados capitais. Assisti ao 1º programa. Houve muito marketing indireto tentando despertar a curiosidade dos telespectadores. Funcionou, mas o programa não agradou. Como todo mundo sabe, a primeira impressão é importante. O fiasco inicial pode até ser revertido, mas isso pode levar tempo demais para acontecer. Na TV, tempo é ouro.

   O programa não é ruim de todo, mas o fato é que foi rejeitado. Programa ao vivo é sempre uma caixinha de surpresas. Nesse horário, quem assiste é a classe ‘C’, agora considerada média. Ou então crianças, que não querem saber de problemas de adoção. O Chávez e o Kiko ganhariam disparado essa audiência.

   Um dos problemas é que a Fátima não é simpática. Ela sempre teve uma postura de quem “se acha”. Nesse horário, a inteligência não substitui a simpatia. A Ana Maria Braga é mais palatável, apesar de ser burrinha. Aquele papagaio bobo agrada as crianças e a classe ‘C’. Chega a ser cômico perceber a Ana tentando passar uma imagem de pessoa culta. Mas o público do horário aceita. Por que é mais ‘anta’ do que ela.

   O tema central foi mal escolhido. No imenso universo de telespectadores, são pouquíssimos os que querem saber a respeito de adoções. Quem quer, assiste a um programa de debates sobre o assunto até de madrugada. Para complicar, a substituta da Fátima no Jornal Nacional é uma pessoa mais agradável de ver e ouvir. Pela ‘cara’, até o William Bonner pensa assim. Só vejo uma saída para ela: O canal GNT. Mesmo assim, não vai ser fácil.