quinta-feira, janeiro 30, 2014

VERDADES DO CAPETA


Previsão do tempo é estar preparado para o que der e vier. Não confie nos boletins meteorológicos. Nunca.
 
  PREVISÃO DO TEMPO
  Já existia desde que eu era menino. Já não funcionava naquele tempo distante. A ciência avançou, evoluiu muito, e o homem continua sem conseguir prever a natureza. Só explicamos ‘por quê’ está fazendo tanto frio, sem entretanto adivinhar sua intensidade.
 
 O PAPA BOMBEIRO
  Francisco não me impressiona. Nem me convence. Os cardeais são o que sempre foram – beneficiários da fé dos idiotas. Quando um papa é eleito pelos cardeais, significa que um sujeito com tal temperamento é do que a igreja precisa para sobreviver.
  Francisco veio para por ordem na casa, que estava uma bagunça. Veio para apagar os focos de incêndio. Os príncipes da igreja raciocinam que “é melhor perder alguns anéis do que perder os dedos”.
  Francisco (sinto falta do 1º, 3º, ou 16º), exceto no temperamento, não é diferente dos seus colegas. Pensa igual a eles. Tem os mesmos objetivos, e apenas precisa enganar melhor para convencer. Os ‘fiéis’ estavam ficando descrentes. Era chagada a hora de agir.
 
  OS MORTOS
  É quase infalível, com raríssimas exceções: todo morto foi um bom sujeito! Sempre que alguém morre, até mesmo um cruel traficante de drogas, quem discursar no seu enterro dirá que ele foi um homem bom, que cometeu erros, mas amava a família, os filhos, e a vida é que foi a culpada por seus desacertos. Desacertos? Sim, porque morto não cometeu crimes, apenas, como diz a Dilma, alguns malfeitos involuntários.
 
  Se um criminoso é lembrado assim, com essa tolerância, o que dizer dos demais defuntos que não praticaram – pelo menos que se saiba – grandes crimes? O detalhe é que, ao contrário do que se costuma dizer, o crime perfeito existe. Como ele é cometido? Não sei, exatamente por ele ter sido perfeito. 
 
  É impressionante como a morte apaga tudo de ruim na vida pregressa do defunto. Conheci (esta história é verdadeira) um advogado que tinha o dom da oratória. Era preciso (era?) que alguém fizesse um discurso elogiando o cara que se foi. Foi-lhe então solicitado que fizesse um discurso de improviso, ressaltando as qualidades do morto. Teve gente que chorou de emoção. Detalhe: o orador e o defunto só se conheceram de cumprimentos formais. Nunca foram conhecidos de verdade.
  

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