IDENTIFICANDO LOUCOS
Eles estão por aí, em todo lugar, em todas as
famílias, nos locais de trabalho ou na direção de um automóvel. Não são fáceis
de ser detectados, por que não prestamos atenção aos ‘sintomas’.
Sintomas são sinais ou indícios. As pessoas
deixam rastros, tanto no que dizem como no que fazem. Nós é que não notamos –
ou não queremos notar. Um relacionamento que se inicia e dá para perceber tudo
sobre o outro em pouco tempo. Bem, tudo não, mas o que é importante.
No fundo, as pessoas tendem a mostrar como
são, mesmo quando disfarçam. É quase irresistível que elas nos desafiem com
dicas sobre si mesmas. Sabe o serial killer? Pois é, eles costumam deixar
pistas propositalmente, com o objetivo de mostrar que podem enganar a polícia e
continuar impunes. A confiança em si mesmos, na sua pretensa superioridade, acaba
sendo a sua destruição.
O problema é que não estamos acostumados a
observar alguém detidamente. Sempre mostramos o que somos, através de
pequeninos detalhes e até mesmo quando opinamos sobre qualquer assunto
polêmico.
O tom da nossa voz, as palavras que
escolhemos para argumentar, são mais que suficientes para prevenir qualquer um
que esteja atento.
O Capeta, por exemplo, é irônico e mordaz. O
que isso significa? Que sou um tanto impaciente ou irritado. O irônico não
deixa passar uma oportunidade de manifestar sua ironia – ou agressividade.
Um gozador pode ser ‘fino’ ou ‘debochado’. Se
for do último tipo, dará para um observador atento perceber que ele não é muito
bem-educado. Mas é necessário que ‘se queira’ perceber. Muitas vezes não nos é
conveniente nos afastar de uma amizade que poderá nos ser útil. É aí que mora o
perigo. Costumamos baixar a guarda. Ficamos distraídos.
É por esse comportamento descuidado, que
costumamos justificar nossa negligência através de provérbios que não são tão
confiáveis. Uma frase que costumamos dizer é que “Podemos viver muitos anos com
uma pessoa e nunca saberemos quem realmente ela é”. Pode ser, mas não estou
convencido disso. Pequenos detalhes sobre os quais passamos batido são a
‘chave’ das descobertas mais incríveis.
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