quinta-feira, janeiro 30, 2014

A MENTE MISTURA TUDO

Vovó vive o presente de olho no passado. Ela é toda felicidade, e acredita estar vivendo no futuro. Todos nós misturamos, sem perceber, presente, passado e futuro. Daí que...


  PASSADO, PRESENTE E FUTURO
 
  Não se iluda: você vive sempre com os três tempos misturados na mente. Ambos interferem entre si, deixando pouca margem de manobra para suas tomadas de decisões. Vou tentar explicar: conscientemente ou não, seu presente é regido, em grande parte, pelo passado, mas não é só. O futuro também vai sofrer as influências do passado e do presente; será decidido por tudo que você viveu, de bom e de ruim.
  É quase impossível separar os três tempos. Somente uma alienação total permitiria que isso acontecesse. Psicopatas chegam próximo a esse estado; mas até eles sofrem as influências de tudo que aconteceu e vai acontecer; apenas não se importam.
 
  Um amor, por exemplo, nunca acaba, apenas adormece. Fica arquivado e muitas vezes é considerado perdido; mas não morre e pode voltar a qualquer momento, quando pensamos em ‘como poderia ter sido se...’. Muitas vezes um amor considerado morto volta através dos sonhos, como a nos dizer “estou aqui, não se esqueça de mim”.
 
  Nossas decisões do presente são tomadas com base nas experiências vividas e nas intenções quanto ao futuro que desejamos. Vale refletir que talvez seja por isso que erramos tanto. Ou não!? O passado pode ser um bom ou um mal conselheiro; depende do nosso instinto. Nessas horas, ser racional pode ajudar ou prejudicar. Uma conhecida que não vejo faz muito tempo costumava dizer que “nosso instinto que deve ser seguido é o primeiro que nos vem à mente; os seguintes são fruto da racionalização – não são instintos”. Pode ser. Ou pode não ser. Não há garantias.
 
  Independente de toda essa argumentação de arrazoado dúbio, é bom não esquecer do ‘acaso’, do ‘imprevisível’, do ‘imponderável’, da ‘sorte e do azar’, todos interferindo de algum modo nos nossos planos e projetos. Isso tudo sem falar das ‘coincidências’, que tantas vezes consideramos como avisos – possivelmente do nosso inconsciente.
 
  Jamais conheceremos a nós mesmos o suficiente. O universo que habita em cada um é muito complexo. Desejos sempre estão em conflito com a experiência vivida.
  Por tudo que foi dito neste texto, uma coisa não é possível que possamos compreender: Como pode o mundo funcionar em harmonia? A resposta é: Não pode! Só o medo do Armagedon evita que nos destruamos totalmente.  
 

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