O cara da foto é apenas prêmio Nobel de Literatura. Escritor e pensador, Vargas Llosa sabe das coisas.
CULTURA
O processo de desenvolvimento cultural de um
povo, no sentido de aprimoramento de seus valores, permanece constante através
do tempo. Muitas mudanças iniciaram sem que as percebêssemos.
Os clássicos da literatura só interessam a
quem estuda o assunto de forma acadêmica. Melhor conhecê-los através de resumos
feitos por escritores e tradutores experientes. Sem ir muito longe, mesmo
Shakespeare tornou-se uma leitura cansativa. Mas há resumos que valem à pena.
Outro comportamento que está mudando, muito
lentamente, é o consumo desenfreado, sem que se tenha necessidade do produto
adquirido. A própria indústria tem sua parcela de culpa no fenômeno; quem não
for rico, não consegue – por exemplo – adquirir um modelo atualizado de
qualquer tipo de parafernália eletrônica; é que muitas vezes alguns produtos
mudam todos os meses, e até semanalmente. Gastar dinheiro com isso é o mesmo
que jogá-lo fora. Poderá fazer falta no futuro.
Use um produto até que ele acabe, é o
conselho de quem entende do assunto. Já pensou se você compra uma tevê nova a
cada lançamento? E as diferenças são, na maioria das vezes, quase
imperceptíveis. Já há sinais de que começa um movimento silencioso que vai
contra esse péssimo hábito.
Já visitou o armário de uma mulher de 30
anos, que pertence à classe média (não me refiro à classe média do Lula e da
Dilma)? Há roupas que nunca foram usadas, mesmo com mais de ano depois de
adquiridas. Há roupas que elas nem se lembravam de ter comprado, e que ainda
estão com as etiquetas da loja.
Não estou mentindo nem exagerando. É um fato
real. Nosso idioma tem um nome para isso: desperdício.
Outro problema cultural é o exibicionismo.
Tenho um conhecido que adora exibir riqueza, mesmo não sendo rico. Comprou nos
Estados Unidos uns alto-falantes para pôr no teto da sala do seu apartamento,
onde moram apenas ele e sua mulher. Passou 15 dias e ele só falava nisso,
acreditando estar causando inveja. Já deve ter esquecido da parafernália. Um
idiota.
Essas pessoas são, como dizer, felizes? Claro
que não! Depender do exibicionismo para ter alegria é um contra senso. Já
existem povos que não dão a menor importância para essas bobagens. Estão
culturalmente mais evoluídos do que nós, brasileiros.
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