sábado, janeiro 04, 2014

MELHOR DESEJAR BOA SORTE

Aqui ao lado estão alguns símbolos da boa sorte. No seu lugar, por simples precaução, eu ficaria com todos. Sem sorte, você não chega a lugar algum.



  BOA SORTE 
 
  Existe algum sentido em desejar ‘Feliz Ano Novo’? É simpático, eu sei, mas não é sincero. É como uma gravação que repetimos dezenas de vezes, sem entretanto transmitir emoção alguma. Muitas vezes sentimo-nos obrigados a manifestar esses votos, que são completamente sem sentido.
  Detesto que me enviem cartões ou e-mails para formalizar esse teatro. Nunca os respondo. Nem os leio. Não é incomum que pessoas que nos detestam ou nos invejem enviem essas mensagens idiotas. Não existe um ano feliz. Nesse curto período de 12 meses, acontecem coisas boas e ruins, sem exceção, para pobres e ricos.
 
  Antes de escrever este texto, tentei lembrar de 2013, como foi para mim. Percebi que as coisas que acontecem num ano, têm continuidade no ano seguinte. Para o bem ou para o mal.
  Imagine que você precisava de um emprego e conseguiu, digamos, em outubro. Quanta alegria! Só não sabia que a empresa mudaria de dono nos próximos meses e você seria dispensado. Seus sonhos e alegrias viram fumaça.
 
  No início de 2013, havia muito otimismo quanto à solução de alguns problemas antigos. Nada foi resolvido, e os problemas ficaram ainda mais antigos. Por outro lado, você foi bombardeado por inimigos que tentaram fazer da sua vida um inferno, mas sobreviveu. No segundo semestre do ano, alegrias inesperadas compensaram. Compensaram? Não sei. Sempre que a gente resolve uma situação incômoda, logo aparece outra. Os anos do calendário sempre são uma mistura de coisas boas e ruins. É como o verso do Bocage, que o Billy Blanco transformou em música: “O que dá para rir, dá para chorar”.
 
  O melhor seria desejarmos um ‘bom dia’, por que a vida é assim, um dia depois do outro. Eu ainda prefiro um ‘boa sorte’, pois ela é determinante.
 

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