terça-feira, fevereiro 04, 2014

OBSERVAR É UMA ARTE

Diferentemente das mulheres, os homens costumam concentrar-se em uma coisa de cada vez. Exceto em casos excepcionais, quando eles ficam atentos aos dois seios ao mesmo tempo.


  PRESTANDO ATENÇÃO
 
  Daniel Goleman, após o sucesso do livro “Inteligência Emocional”, algumas décadas atrás, lança agora outro que tem tudo para ser outro best-seller, pelo tema tratado: ‘quase ninguém presta atenção em prestar atenção’. Ele está certo. Tenho dito a mesma coisa com outras palavras. Já falei até que não me considero jornalista, mas alguém que comenta sobre coisas e pessoas que observa.
 
  Observar atentamente é a única maneira de ver a realidade. É descobrir novas formas de perceber e explicar algo que não está sendo bem compreendido pela maioria.
  Aliás, outro best-seller sensacional é o “Freaconomics”, dos autores Levitt e Dubner, de 2005, que segue os preceitos da observação cuidadosa e, tinha que ser, politicamente incorreta. Nesse livro, os autores põem os pingos nos ‘ii’ sobre diversos assuntos, anteriormente mal explicados.
 
  Saber observar não é privilégio da competência de poucos, apesar de serem raros os que fazem isso bem. Para ser um bom observador é preciso apenas não ser burro, ser bem informado, ter paciência, e um exercício que combina os cinco sentidos, que serve para nos habituarmos a prestar atenção nas coisas em que ninguém mais presta. Parece simples? Bem, é e não é.
 
  Os mais jovens, principalmente eles, vivem com a cabecinha povoada de sonhos, que seriam mais facilmente alcançáveis se dedicassem algum tempo com observação e raciocínio.
  Os mais velhos são preguiçosos demais para usar a mente. Podem estar dispostos a realizar tarefas físicas, mas pensar é para poucos. Pavlov, o famoso cientista russo, foi o primeiro a perceber o ‘reflexo condicionado’ – a relação entre sons, cores, e a reação animal a eles. Na verdade, a descoberta poderia ter sido de qualquer um observador mais atento.
 
  Eu, por exemplo, descobri que sem liberdade não se pode ser feliz. Mas não  basta: é preciso não ter medo. Só é livre o homem que nada teme.
 
 

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