PRESTANDO ATENÇÃO
Daniel Goleman, após o sucesso do livro
“Inteligência Emocional”, algumas décadas atrás, lança agora outro que tem tudo
para ser outro best-seller, pelo tema tratado: ‘quase ninguém presta atenção em
prestar atenção’. Ele está certo. Tenho dito a mesma coisa com outras palavras.
Já falei até que não me considero jornalista, mas alguém que comenta sobre
coisas e pessoas que observa.
Observar atentamente é a única maneira de
ver a realidade. É descobrir novas formas de perceber e explicar algo que não
está sendo bem compreendido pela maioria.
Aliás, outro best-seller sensacional é o
“Freaconomics”, dos autores Levitt e Dubner, de 2005, que segue os preceitos da
observação cuidadosa e, tinha que ser, politicamente incorreta. Nesse livro, os
autores põem os pingos nos ‘ii’ sobre diversos assuntos, anteriormente mal
explicados.
Saber observar não é privilégio da
competência de poucos, apesar de serem raros os que fazem isso bem. Para ser um
bom observador é preciso apenas não ser burro, ser bem informado, ter
paciência, e um exercício que combina os cinco sentidos, que serve para nos
habituarmos a prestar atenção nas coisas em que ninguém mais presta. Parece
simples? Bem, é e não é.
Os mais jovens, principalmente eles, vivem
com a cabecinha povoada de sonhos, que seriam mais facilmente alcançáveis se
dedicassem algum tempo com observação e raciocínio.
Os mais velhos são preguiçosos demais para
usar a mente. Podem estar dispostos a realizar tarefas físicas, mas pensar é
para poucos. Pavlov, o famoso cientista russo, foi o primeiro a perceber o
‘reflexo condicionado’ – a relação entre sons, cores, e a reação animal a eles.
Na verdade, a descoberta poderia ter sido de qualquer um observador mais
atento.
Eu, por exemplo, descobri que sem liberdade
não se pode ser feliz. Mas não basta: é preciso não ter medo. Só é
livre o homem que nada teme.
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