segunda-feira, fevereiro 10, 2014

QUEM OUSA CONFIAR?

Você já notou que há uma crise de confiança entres as pessoas? Ninguém acredita em ninguém! Aperto de mão virou apenas um contato de conotação sexual. A palavra perdeu todo seu valor.



  NÃO CONFIE NOS ESCRITORES 
 
  A tecnologia é a principal causadora da crise de confiança entre as pessoas. Mas ela também traz coisas boas, que facilitam a nossa vida. Infelizmente não podemos escolher apenas as vantagens para que possamos viver bem. Temos que ‘aceitar’ o pacote completo, que traz em seu bojo um monte de desvantagens.
  Uma observação interessante é a que divide dois tipos de evolução: a filosófica e a tecnológica. Uma, sempre – em qualquer época, anda mais depressa que a outra. E elas se alternam no poder, conforme reconhecem que precisamos de um novo rumo.
 
  Um fenômeno que está ocorrendo é o aumento significativo do número de escritores na era do computador pessoal. Escritores, bons ou ruins, são pensadores. Do mesmo modo que existem bons e maus médicos – e estes últimos são maioria, logo haverá uma revolução, não apenas no modo de pensar, mas na maneira de comunicar nossas ideias.
 
  Autores medíocres dizem o que é pensamento da maioria, e fazem sucesso exatamente por isso: o leitor ‘se encontra’ nos textos. Vê, com satisfação, que há quem pense como ele. Mesmo que isso não leve à nada. Um escritor é como a WEB, onde há coisas boas e nem tão; precisamos separar o joio do trigo, coisa difícil.
  O Capeta ainda não é um escritor formado. Não alcancei o meu limite de competência. Posso evoluir. Pelo tempo que escrevo, creio que em poucos anos estarei apto a escrever livros – pelo menos dois. Minha dificuldade é que falo verdades que as pessoas insistem em não reconhecer como tal. Mudar de pensamento é cansativo e dá trabalho.
 
  Vou dar um exemplo. Quando digo que o ser humano não presta, é mentiroso e falso, desonesto, é uma ideia difícil de ser aceita. Mas eu já falei que há os que são menos maus, que consideramos como bons. É a mesma coisa que afirmar que Deus não existe – isso contraria a maioria. Vai demorar para que seja aceita essa forma de pensar. Talvez milênios, mas caminhamos para nessa direção. O progresso é uma fatalidade histórica. Em todos os sentidos.
 
  Vou fazer uma previsão: vai chegar o tempo em que Shakespeare será considerado um escritor medíocre, apenas razoável. Já há muita gente que pensa assim, mas reluta em passar por ignorante. Nós vivemos sob a ditadura do patrulhamento ideológico. É complicado contrariar os “mestres” – figuras intocáveis.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário