O estudo da evolução das espécies nos dá exemplos como o da figura ao lado. Essa mosca tinha olhos vermelhos e não voava. Teve que evoluir para não ser extinta. Os olhos vermelhos denunciavam sua presença e a falta de asas tornavam mais difícil escapar de um predador.
SOMOS MUTANTES
Aos poucos, muitas vezes de maneira
equivocada e violenta, o mundo começa a mudar. Explodem rebeliões na Ucrânia,
na Venezuela, Tailândia, Síria, Egito e muitos outros lugares. É uma mudança
lenta, que levará séculos ou talvez milênios.
Como eu já falei, a evolução do homem não se
dá de modo homogêneo. Eu diria que é como um família com membros pertencentes a
3 ou 4 gerações diferentes, onde cada uma está num estado de maturidade diverso
– com uma compreensão bastante desigual dos seus problemas. Onde os mais velhos
são mais prudentes e os mais novos mais afoitos. A verdade de cada um é a
verdade única. Assim como as religiões – para exemplificar.
A seu tempo, no Brasil as coisas caminham,
lentamente. Igual a todos os demais países. Não somos melhores ou piores,
apenas somos nós mesmos.
Jamais qualquer povo estará em total acordo
com sua forma de pensar. Até porque somos diferentes como indivíduos, e cada um
é cada um. Encontrei um ponto em comum em todos os protestos que assolam o
mundo: a corrupção. Não é a única fonte de conflitos, mas existe em toda parte.
De um lado, os beneficiários dessa devassidão moral. Do outro, os que não
auferem vantagens e querem acabar com a festa dos privilegiados. Quem está de
fora da festa gostaria de entrar. É uma luta sem fim, afinal, somos humanos.
Darwin, o grande cientista da biologia, não
foi, a meu ver, totalmente compreendido. A seleção natural é um fato, mas não
apenas no aspecto físico. Ela traz, em seu bojo, a evolução da mente. Daí
decorre o fato de que falou Sadi, um pensador do passado: “O sábio avalia o
ignorante, porque já foi ignorante; mas o ignorante não pode avaliar o sábio,
porque nunca foi sábio”.
Então vem a pergunta: vale à pena lutar para
apressar a evolução? Vale. O problema é a forma de lutar que escolhemos. Violência
atrai violência, e quanto mais tempo durar, mais violenta fica. Nosso DNA não
está preparado para perdoar. Somos vingativos e desejamos que os outros se
danem.
Por isso não acredito que árabes e judeus um
dia sejam amigos. O rancor existente entre esses dois povos levará, com
certeza, milênios para desaparecer. Nossa mente cresce num ritmo diferente do
nosso corpo. É mais fácil a humanidade sofrer mutações físicas do que morais.
Assim é porque somos assim mesmo: imperfeitos.
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