sexta-feira, fevereiro 21, 2014

MUTAÇÕES

O estudo da evolução das espécies nos dá exemplos como o da figura ao lado. Essa mosca tinha olhos vermelhos e não voava. Teve que evoluir para não ser extinta. Os olhos vermelhos denunciavam sua presença e a falta de asas tornavam mais difícil escapar de um predador. 


  SOMOS MUTANTES 
 
  Aos poucos, muitas vezes de maneira equivocada e violenta, o mundo começa a mudar. Explodem rebeliões na Ucrânia, na Venezuela, Tailândia, Síria, Egito e muitos outros lugares. É uma mudança lenta, que levará séculos ou talvez milênios.
 
  Como eu já falei, a evolução do homem não se dá de modo homogêneo. Eu diria que é como um família com membros pertencentes a 3 ou 4 gerações diferentes, onde cada uma está num estado de maturidade diverso – com uma compreensão bastante desigual dos seus problemas. Onde os mais velhos são mais prudentes e os mais novos mais afoitos. A verdade de cada um é a verdade única. Assim como as religiões – para exemplificar.
 
  A seu tempo, no Brasil as coisas caminham, lentamente. Igual a todos os demais países. Não somos melhores ou piores, apenas somos nós mesmos.
 
  Jamais qualquer povo estará em total acordo com sua forma de pensar. Até porque somos diferentes como indivíduos, e cada um é cada um. Encontrei um ponto em comum em todos os protestos que assolam o mundo: a corrupção. Não é a única fonte de conflitos, mas existe em toda parte. De um lado, os beneficiários dessa devassidão moral. Do outro, os que não auferem vantagens e querem acabar com a festa dos privilegiados. Quem está de fora da festa gostaria de entrar. É uma luta sem fim, afinal, somos humanos.
 
  Darwin, o grande cientista da biologia, não foi, a meu ver, totalmente compreendido. A seleção natural é um fato, mas não apenas no aspecto físico. Ela traz, em seu bojo, a evolução da mente. Daí decorre o fato de que falou Sadi, um pensador do passado: “O sábio avalia o ignorante, porque já foi ignorante; mas o ignorante não pode avaliar o sábio, porque nunca foi sábio”.
  Então vem a pergunta: vale à pena lutar para apressar a evolução? Vale. O problema é a forma de lutar que escolhemos. Violência atrai violência, e quanto mais tempo durar, mais violenta fica. Nosso DNA não está preparado para perdoar. Somos vingativos e desejamos que os outros se danem.
 
  Por isso não acredito que árabes e judeus um dia sejam amigos. O rancor existente entre esses dois povos levará, com certeza, milênios para desaparecer. Nossa mente cresce num ritmo diferente do nosso corpo. É mais fácil a humanidade sofrer mutações físicas do que morais. Assim é porque somos assim mesmo: imperfeitos.
 
  Simplificando, há dois tipos de mutações genéticas em todos ao seres vivos. As naturais e as que são consequência de deformidades no DNA.
 
 
  

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