LOUCURA
Cada um de nós faz uma ideia própria do que
seja a loucura. Mesmo os médicos especialistas não chegaram a um consenso. Os
loucos existem? Eles são muitos ou poucos? São perigosos? Como fazer para
evitá-los?
Ao escrever sobre o que penso a respeito do
assunto, não pretendo mais do que levar os leitores à reflexão. A conclusão é
de cada um.
Minha suposição é que loucos, como
imaginamos, são pouquíssimos. É que costumamos imaginar que um louco não sabe o
que faz, mas isso é uma ideia equivocada. Louco pensa, faz escolhas conscientes
– e isso já está mais do que provado.
O louco que habita nosso imaginário é um ser sem o menor
senso das coisas. Esses existem, mas são raros. Raríssimos. Talvez o louco que
mais se aproxima dessa ideia seja o que sofre de esquizofrenia. Sem o controle
de remédios, ele é capaz de tudo. Com eles, têm uma vida “quase” normal. Eu
disse quase.
Claro, o ‘pirado’ total é aquele que nada
planeja e rasga dinheiro. Duvido que você conheça algum. Se eles existem, além
de raros estão em manicômios. O ser humano aceita tudo, menos que se rasgue
dinheiro.
Mas então, você pensa, o Capeta está dizendo
que não existem loucos de verdade convivendo conosco no dia a dia? É quase
isso. Hoje, pelo jeito, vai ser o dia do quase. O cara que é louco mesmo, não
passa despercebido e vai para a ‘gaiola’.
Tanto que, atualmente, em quase todos os
países, o argumento da loucura não é muito aceito para evitar que se condene
quem comete certos crimes, mesmo os considerados bárbaros – ou hediondos, se
você preferir. O entendimento que o criminoso sabe que o que fez é errado já é
o mais aceito.
Bem, se considerarmos crimes tanto os mais
leves até o assassinato por motivo torpe, eu diria que somos todos criminosos.
Se o sujeito deu 30 dinheiros ao guarda de trânsito para não ser multado, ele
cometeu um crime. Não só ele, mas o guarda também. Mas todo mundo aceita esse
‘pequeno’ deslize.
Um psicopata não é necessariamente um
cometedor de crimes hediondos. Ele geralmente possui uma inteligência que
funciona muito bem para planejar seus crimes. Apenas não sente remorso e suas
emoções, quando as têm, não funcionam para a maioria das coisas.
Um exemplo clássico é o de diretor de um
banco. Ou mesmo um médico -cirurgião. Ou o assassino que mata ‘por amor’ – como
se o amor admitisse que se matasse em seu nome.
Normal, como queremos imaginar, ninguém é. Ou
seja, é normal sermos criminosos em algum grau. O resto, é fingimento e
hipocrisia. Sei de cada coisa...
Se aceitamos que esse delinquente da foto seja um senador, deve ser por que também não somos normais. Ou melhor: ser normal é isso aí.
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