domingo, fevereiro 09, 2014

REFLEXÃO SOBRE A LOUCURA

Você duvida, caro leitor, que os dois aí na foto sejam normais? Bem, eles são assim considerados dentro do padrão aceito pela maioria.


  LOUCURA
 
  Cada um de nós faz uma ideia própria do que seja a loucura. Mesmo os médicos especialistas não chegaram a um consenso. Os loucos existem? Eles são muitos ou poucos? São perigosos? Como fazer para evitá-los?
  Ao escrever sobre o que penso a respeito do assunto, não pretendo mais do que levar os leitores à reflexão. A conclusão é de cada um.
 
  Minha suposição é que loucos, como imaginamos, são pouquíssimos. É que costumamos imaginar que um louco não sabe o que faz, mas isso é uma ideia equivocada. Louco pensa, faz escolhas conscientes – e isso já está mais do que provado.
  O louco que habita nosso imaginário é um ser sem o menor senso das coisas. Esses existem, mas são raros. Raríssimos. Talvez o louco que mais se aproxima dessa ideia seja o que sofre de esquizofrenia. Sem o controle de remédios, ele é capaz de tudo. Com eles, têm uma vida “quase” normal. Eu disse quase.
 
  Claro, o ‘pirado’ total é aquele que nada planeja e rasga dinheiro. Duvido que você conheça algum. Se eles existem, além de raros estão em manicômios. O ser humano aceita tudo, menos que se rasgue dinheiro.
  Mas então, você pensa, o Capeta está dizendo que não existem loucos de verdade convivendo conosco no dia a dia? É quase isso. Hoje, pelo jeito, vai ser o dia do quase. O cara que é louco mesmo, não passa despercebido e vai para a ‘gaiola’.
  Tanto que, atualmente, em quase todos os países, o argumento da loucura não é muito aceito para evitar que se condene quem comete certos crimes, mesmo os considerados bárbaros – ou hediondos, se você preferir. O entendimento que o criminoso sabe que o que fez é errado já é o mais aceito.
 
  Bem, se considerarmos crimes tanto os mais leves até o assassinato por motivo torpe, eu diria que somos todos criminosos. Se o sujeito deu 30 dinheiros ao guarda de trânsito para não ser multado, ele cometeu um crime. Não só ele, mas o guarda também. Mas todo mundo aceita esse ‘pequeno’ deslize.
 
  Um psicopata não é necessariamente um cometedor de crimes hediondos. Ele geralmente possui uma inteligência que funciona muito bem para planejar seus crimes. Apenas não sente remorso e suas emoções, quando as têm, não funcionam para a maioria das coisas.
 
 
 
  Um exemplo clássico é o de diretor de um banco. Ou mesmo um médico -cirurgião. Ou o assassino que mata ‘por amor’ – como se o amor admitisse que se matasse em seu nome.
 
  Normal, como queremos imaginar, ninguém é. Ou seja, é normal sermos criminosos em algum grau. O resto, é fingimento e hipocrisia. Sei de cada coisa... 
 
Se aceitamos que esse delinquente da foto seja um senador, deve ser por que também não somos normais. Ou melhor: ser normal é isso aí.
 
 
     
 

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