domingo, outubro 13, 2013

OS RATÕES E D. BARATINHA

Surgiu uma nova, moderna e verdadeira história da d. Baratinha que queria casar. Levemente diferente da antiga, esta narrativa que vocês lerão abaixo foi atualizada e adaptada.
 
 
O CASAMENTO DA D. BARATINHA
 
  Dona Baratinha era uma barata - isso é óbvio. Uma barata diferente. Era gorda e desajeitada, tinha dois dentões enormes, e possuía um gênio muito ruim. Ah, e era rica - pois, como na história original, tinha dinheiro na caixinha.
  Ela queria casar, mais que tudo na vida. Por ser muito grandona, tinha que namorar um animal maior. Foi quando surgiu na sua vida o rato Inaço, e ela ficou entusiasmada. Tiveram um longo namoro, mas não passou disso, pois o ratão  escolhido já era casado com uma outra ratona, inteligentíssima, que perdoava seus namoricos. Perdoava não, fingia que não sabia. Mas não estava disposta a tirar a aliança do dedo.
 
  O tempo passava, e d. Baratinha cantava na janela de sua casa a mesma música de sempre: "Quem quer casar com a senhora Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha...?".
  Foi quando passava um ratão nordestino, que estava louco para se 'ajeitar' na vida e ouviu a cantoria. Começaram a namorar, mas ela continuava a se encontrar com o rato Inaço. O novo namorado tinha olhos azuis e um largo sorriso. Era aquele namoro tipo repleto de pequenos desentendimentos. Nem ia pra frente, nem saía de cima. 
 
  Dona Baratinha não pretendia terminar o namoro com o novo rato - não antes de novembro de 2014. Mas eis que "de repente, não mais que de repente", o namorado percebeu que não teria um lucro muito grande se levasse adiante esse namorico.
  O rato Dudu, também nordestino, estava sem saída. Mas o acaso - sempre ele - encarregou-se de mudar as coisas. Dudu conheceu uma ratinha miúda que não o interessou de imediato; até descobrir que ela tinha muitos amigos e poderia vir a ser o seu 'RedBull', que o levaria às alturas. 
  O que ele fez? acabou o relacionamento que tinha com a d. Baratinha e começou logo a namorar com a rata magrela e sem graça, com uma voz enjoada, mas rica em amizades - pelo menos era o que ele acreditava. 
  Com esse golpe de esperteza, atingiu, de uma só vez, tanto o rato Inaço como um outro rato, o Néscio, que morava em Minas - que é um lugar indefinido: não se sabe se Minas é nordeste ou sudeste. 
 
  Nem preciso dizer que o rato Inaço ficou preocupadíssimo, e partiu para a ação, à procura de novos namorados para a d. Baratinha. Seu reino estava sob uma ameaça inesperada e desconhecida: quem teria mais amigos? Serve qualquer um, e até o Capeta foi sugerido, mas este logo avisou que essa gente não entraria no inferno. Era demais até para o Diabo.
 
  Até agora não se sabe qual ratão vai cair na panela de feijão, ou se a própria d. Baratinha cai também. O autor desta nova versão da historinha não sabe como os nordestinos continuam mandando neste reino - não esqueçamos dos ratos Reno Calhorda, Collorama de Melado, Liz Inaço, Sarna Ribamar, todos da região, que conseguiram a adesão dos ratões Levando Uísque, Tô Fulo Todos os Dias, Bob Barrado - o fala mansa defensor de criminosos, e até o rato Teórico. Parece um complô? Pois é, parece.
 
  Logo que eu terminar meu curso de adivinhação, no sentido antropológico da palavra, escreverei minhas previsões, que certamente serão imprevisíveis.  
 
        
    
 
   

Nenhum comentário:

Postar um comentário