O simpático da foto ao lado é o Jeremias, bondade em forma humana, criado pelo genial Ziraldo - que é quem deveria estar na foto. Mas ninguém merece ver a foto do Ziraldo usando aquele coletinho ridículo e de mau-gosto.
FAZER O BEM
Fazer o bem pode significar muitas coisas;
posso até estar sendo cínico, mas fazer o bem a si próprio também é praticar
uma boa ação. Quem disse que fazer o bem significa apenas beneficiar muitas
pessoas?
Muita gente de mau caráter já praticou o bem
para milhões com a intenção de satisfazer sua vaidade, aumentar seu prestígio
ou apenas seus lucros. Nunca sabemos qual a intenção de alguém que faz um bem
para a coletividade.
Estou falando de todo mundo, sem exceção; se
bem que os políticos são os mais repugnantes e mal-intencionados. Sempre. Pessoas
sem fama ou prestígio são exatamente iguais; a diferença está na menor
abrangência do grupo beneficiado.
Está um pouco confuso? A culpa é do próprio
tema escolhido, muito complexo para ser tratado em poucas palavras e sem muitos
exemplos. Até quando fazemos ‘o bem pelo bem’, sem qualquer vantagem imediata,
ainda assim consideramos a possibilidade de uma recompensa, nem que seja, para
alguns, na outra vida. Nem sempre essa recompensa volta em forma de valores
pecuniários. Há casos em que alimentar a vaidade é o maior motivo.
Não tenha dúvida: O bem só é praticado quando
vislumbramos uma retribuição futura. Observe que ‘as próprias religiões
estimulam esse comportamento’; para todo bem que fizermos, seremos
‘recompensados por Deus’. Seremos? Duvido muito! A prova disso é que sempre
ouvimos a constatação geral de que “quem é bom, quase sempre de dá mal”.
Acredite nessa verdade: O 'bem' precisa ser
conveniente a quem o pratica.
Mesmo quando fazemos uma bondade com “o
chapéu alheio”, nunca deixamos de pensar o que isso vai nos render. Rende,
algumas vezes é uma oportunidade que criamos para provar nossa bondade – o que
ajuda em matéria de credibilidade.
O ser-humano é movido pelo interesse. É um
mestre na arte de parecer melhor do que realmente é. Nossas ações nesse sentido
obedecem a uma espécie de ‘piloto automático’. Mesmo inconscientemente, sempre
fazemos uma avaliação da ‘taxa de retorno’.
Nem tente se convencer que você é diferente.
Não é.
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