segunda-feira, outubro 07, 2013

A VERDADE SOBRE "FAZER O BEM"


O simpático da foto ao lado é o Jeremias, bondade em forma humana, criado pelo genial Ziraldo - que é quem deveria estar na foto. Mas ninguém merece ver a foto do Ziraldo usando aquele coletinho ridículo e de mau-gosto.
 
 
 
  FAZER O BEM
 
  Fazer o bem pode significar muitas coisas; posso até estar sendo cínico, mas fazer o bem a si próprio também é praticar uma boa ação. Quem disse que fazer o bem significa apenas beneficiar muitas pessoas?
  Muita gente de mau caráter já praticou o bem para milhões com a intenção de satisfazer sua vaidade, aumentar seu prestígio ou apenas seus lucros. Nunca sabemos qual a intenção de alguém que faz um bem para a coletividade.
  Estou falando de todo mundo, sem exceção; se bem que os políticos são os mais repugnantes e mal-intencionados. Sempre. Pessoas sem fama ou prestígio são exatamente iguais; a diferença está na menor abrangência do grupo beneficiado.
 
  Está um pouco confuso? A culpa é do próprio tema escolhido, muito complexo para ser tratado em poucas palavras e sem muitos exemplos. Até quando fazemos ‘o bem pelo bem’, sem qualquer vantagem imediata, ainda assim consideramos a possibilidade de uma recompensa, nem que seja, para alguns, na outra vida. Nem sempre essa recompensa volta em forma de valores pecuniários. Há casos em que alimentar a vaidade é o maior motivo.
  Não tenha dúvida: O bem só é praticado quando vislumbramos uma retribuição futura. Observe que ‘as próprias religiões estimulam esse comportamento’; para todo bem que fizermos, seremos ‘recompensados por Deus’. Seremos? Duvido muito! A prova disso é que sempre ouvimos a constatação geral de que “quem é bom, quase sempre de dá mal”.
 
  Acredite nessa verdade: O 'bem' precisa ser conveniente a quem o pratica.
 
  Mesmo quando fazemos uma bondade com “o chapéu alheio”, nunca deixamos de pensar o que isso vai nos render. Rende, algumas vezes é uma oportunidade que criamos para provar nossa bondade – o que ajuda em matéria de credibilidade.
  O ser-humano é movido pelo interesse. É um mestre na arte de parecer melhor do que realmente é. Nossas ações nesse sentido obedecem a uma espécie de ‘piloto automático’. Mesmo inconscientemente, sempre fazemos uma avaliação da ‘taxa de retorno’.
  Nem tente se convencer que você é diferente. Não é.
 
 
Cada um tem a sua verdade, que é diferente da verdade alheia. Na minha opinião, o Jeremias na foto acima não passa de um ser ignóbil que finge ser 'bom'. Igual a todos nós, seres humanos.
 

 
 

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