A felicidade não é coisa que está ao alcance de qualquer um. Sequer é o que parece. Quando você acredita tê-la encontrado, logo vê que a bichinha escapou e nem se despediu. Não acredite no que é dito pela tevê. Muito menos nos artistas que anunciam qualquer produto.
SER FELIZ É UTOPIA
Ninguém pode dizer que é feliz, até por que felicidade não existe – é
uma invenção dos humanos. Na vida, o que há são momentos bons e ruins, que
ficam se alternando. Ninguém suportaria “ser” feliz sempre. No máximo, estar
feliz.
Eduardo Portela, ex-ministro da educação do Brasil, foi feliz ao dizer
que “Não sou ministro, eu estou ministro”. Ele sabia que nenhum estado é
permanente. Tudo muda, mais vezes do que gostaríamos. Felicidade cansa!
Vencer obstáculos é o grande atrativo da vida. A maior parte, diga-se de
passagem. Na idade média, os senhores de terras não trabalhavam. Eram ricos ou
muito ricos. Poderosos ou muito poderosos. Qual era a distração dessa gente? A
guerra. Eles viviam para guerrear. E para caçar. O importante era matar,
animais ou pessoas, tanto fazia. Não é diferente de ser o chefe de uma nação
rica e poderosa nos dias atuais. O que foi aperfeiçoado foram as palavras da
diplomacia. Os motivos? Continuam sendo ambição e poder. Os fins? Esses,
disfarçadamente, justificam os meios.
O presidente Obama nem é tão poderoso como se pensa. Os Estados Unidos
são uma nação poderosa, o que é diferente. Se ele fosse presidente num país
como o Brasil, então seria poderoso de fato. Bastaria sacar a caneta e jogar
uma ‘medida provisória’. Milhares de medidas provisórias. Ele devia perguntar
para a Dilma, sobre como implantar essa aberração lá.
O que torna a vida suportável é o inesperado, o imponderável, o acaso, e
a maldita esperança – que sempre nos engana e faz sonhar. Na maioria das vezes
atrapalham nossos planos mal feitos, mal pensados ou mal executados. Já falei
que a maior deficiência dos humanos é a preguiça de pensar. Geralmente nos
precipitamos.
Os espíritas estão certos – não pela fundamentação equivocada, mas pelos
resultados práticos. ‘Todo problema é uma benção’, pois nos obriga a lutar e
dar um pouco de graça à monotonia anterior.
Se fossemos tão infelizes como nos julgamos, não nos apegaríamos tanto à
vida. Gostamos mesmo é de nos queixar, para que sintam pena.
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