Aprender não é difícil, qualquer que seja a sua idade. Aprender qualquer coisa. Precisa que haja interesse e uma boa motivação. E tempo.
VOCÊ CONSEGUE APRENDER?
Obter conhecimento não é privilégio dos
jovens ou mesmo dos muito jovens. Qualquer indivíduo plenamente saudável, dos 8 aos 80 –
até bem antes dos 8 e bem mais que 80, pode aprender qualquer coisa. Qualquer
informação contrária a esta verdade é uma falácia.
Primeiramente vamos deixar claro o
significado de aprender, no sentido de adquirir conhecimento – não estou
falando do conhecimento empírico, que está ao alcance de todos.
Em geral, qualquer novo conhecimento requer
um conhecimento anterior. Se você não aprendeu ‘fração’, não vai conseguir
fazer outras operações matemáticas que dependem dela. Isso ocorre em qualquer
idade.
Além disso, existe uma coisinha chamada
‘interesse por’. Sem interesse, não se aprende nada – não a ponto de guardar na
memória. Já na escola fundamental, percebemos que algumas crianças preferem
umas matérias a outras. Acredito que nascemos com certas preferências que ninguém
sabe explicar. Pelo menos ainda não.
Então, qual a causa da maior dificuldade dos
adultos em relação às crianças? Minha teoria diz que a cabeça das crianças está
mais vazia, além de suas tendências não estarem bem definidas. Um bom professor
pode despertar o interesse de uma pessoa jovem em qualquer área do
conhecimento. O problema é que esse ‘bom professor’ é uma figurinha difícil.
Depois de uma certa idade, as coisas complicam, pois já optamos por temas com
os quais simpatizamos, e ‘antipatizamos’ ou somos indiferentes a todo
o resto.
Quanto mais envelhecemos, mais definidos
ficamos com o que gostamos ou não. Se tivemos um professor de matemática
ruinzinho, lá no início, é provável
que não gostemos de nada que precise de muita matemática. Claro que há muitos
argumentos para contestar minha tese, mas eu também poderia usar outra
argumentação, mais profunda, que não teria fim.
Adultos, na maioria das vezes, só aprendem o
que lhes é muito útil ou prazeroso. Eu mesmo, por exemplo, não sinto a menor
vontade de possuir um ‘smartphone’; meu celular só é utilizado para falar e ser
chamado por pessoas que, de alguma maneira, me interessam. Sem trabalhar fora e
quase não sair de casa, qual seria meu interesse num desses aparelhinhos que vêm
acompanhados de um manual de instruções complicadíssimo?
Conheço pelo menos um velho tarado que fica
horas na internet, vendo sacanagens diariamente. Ele entende bem mais do que eu
de computador; ele quis aprender, para aprofundar suas pesquisas sexuais.
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